UOL Esporte Fórmula 1
 
19/11/2009 - 07h00

Rubinho revela paixão antiga pela Williams e admiração pelo novo chefe

Guga Fakri
Do UOL Esporte

Após anunciar seu contrato com a equipe Williams para a próxima temporada, Rubens Barrichello disse que estava “realizando um sonho”. Apesar de parecer uma frase retórica, comum entre os pilotos de Fórmula 1 nos dias de hoje, o experiente piloto revelou recentemente que tem uma paixão antiga pela equipe, além de grande admiração por seu novo chefe, Sir Frank Williams.

  • WilliamsF1/Divulgação

    Em 1986, Frank Williams sofreu um grave acidente de carro na estrada que vai do circuito de Paul Ricard até Marselha, na França. Ele ficou paraplégico, e passou a usar cadeira de rodas.

  • WilliamsF1/Divulgação

    Em 1999, a Rainha da Grã-Bretanha concedeu a Frank Williams o título de cavaleiro, que lhe deu o direito de usar o termo "Sir" antes de seu nome.

Durante uma feira de golfe realizada no último final de semana, Barrichello disse ser “fanático” pela equipe inglesa desde criança. “Sempre fui fanático, sempre gostei da Williams. Me lembro muito bem, quando meu tio, Dárcio dos Santos, irmão da minha mãe, que era piloto, foi campeão de Super V em 1982 mais ou menos [Rubinho tinha 10 anos]. Ele não tinha pintura no carro e falei para pintar igual à Williams, que era aquela branca e verde. Minha paixão pela Williams começou muito cedo”, contou Barrichello.

O piloto, que já trabalhou com grandes nomes do automobilismo, como Eddie Jordan, Jackie Stewart, Jean Todt e Ross Brawn, disse se sentir honrado em trabalhar para seu novo patrão, o lendário Frank Williams. “Trabalhar com o Frank Williams é um grande orgulho. Outro dia, por exemplo, ele me ligou e quase tomei uma multa, porque fiquei parado no meio da Marginal. Vai que a ligação cai, né? Nessa situação de começo, falar com o Frank é sempre inusitado”, disse o terceiro colocado no Mundial de 2009.

“É uma motivação a mais poder sentar à mesa com ele. Estou lendo o seu livro, que acabou de sair, com histórias contadas por ele mesmo. Ele é uma pessoa como eu: já poderia ter largado tudo isso, devido às dificuldades e as alegrias que já teve, mas está lá. E querendo saber do seu piloto, se está se preparando fisicamente, quando é que vai pintar na fábrica...”, falou Barrichello.

Após uma breve carreira como piloto e mecânico, financiada por seu trabalho como vendedor itinerante, Frank Williams fundou a Frank Williams Racing Cars, em 1966, aos 24 anos de idade. Após anos correndo na Fórmula 2 e Fórmula 3, sempre lidando com problemas financeiros, criou juntamente com Patrick Head a Williams Grand Prix Engineering, em 1977. A mesma equipe que corre até hoje na Fórmula 1, agora conhecida como WilliamsF1.

A Williams é a segunda maior vencedora da Fórmula 1, com nove títulos mundiais de construtores (Ferrari tem 16), e a terceira em número de títulos entre os pilotos, sete (Ferrari tem 15 e McLaren, 12). Foram 546 Grandes Prêmios, com um total de 113 vitórias e 125 pole positions. A grande marca negativa da história da escuderia foi a morte de Ayrton Senna, em Ímola (1994).

Barrichello chega à Williams no momento da maior seca de vitórias da história da equipe: são seis anos sem uma vitória, e 13 sem títulos mundiais. “A aliança com a Williams vem num momento excelente. Eles sabem como ganhar, mas passam por um momento de ascensão. Estão voltando a almejar isso. E eu estou num momento vencedor da minha carreira. É dessa forma que encaro o ano que vem”, finalizou o piloto.

Compartilhe:

    Placar UOL no iPhone

    Hospedagem: UOL Host