UOL Esporte Fórmula 1
 
02/12/2009 - 14h36

Senna revela metas "realistas" para 2010; Nelsinho não está nos planos da Campos

Guga Fakri
Em São Paulo

Prestes a fazer sua estreia pela equipe Campos na Fórmula 1 em 2010, Bruno Senna disse que a melhor maneira de lidar com a pressão de carregar um sobrenome famoso é estabelecer objetivos realistas na carreira. Para o sobrinho do tricampeão mundial Ayrton Senna, andar na frente das outras equipes estreantes é a principal meta para a próxima temporada.

“É o objetivo real. Considerando o fato de que a gente está mais adiantado que as outras novatas, não é improvável. Acho que temos de ser realistas e colocar as nossas fichas em ser a melhor entre as novas equipes, e fazer pontos”, disse Senna durante a premiação do Capacete de Ouro, na noite da última terça-feira.

De acordo com o piloto, a Campos não considera a possibilidade de Nelsinho Piquet ocupar o outro carro da equipe na próxima temporada. “Está entre o [Pastor] Maldonado e o [Vitaly] Petrov, que já tiveram vitórias na GP2. Mas para mim não faz diferença. O importante é que meu companheiro possa trabalhar em conjunto comigo para levar a equipe para frente”, falou o sobrinho de Ayrton.

Dono de uma carreira bastante curta em relação aos outros pilotos que chegam à Fórmula 1, Senna disse que está mais ansioso agora do que estava antes de sua estreia na Fórmula BMW, em setembro de 2004, quando tinha 20 anos e nenhuma prova no currículo.

“É totalmente diferente. Agora tenho a chance de estar com uma equipe e ter a minha influência no desenvolvimento do carro, e na direção que a equipe leva com o carro, então é muito mais excitante e animador para mim. Só que infelizmente não tem treino, e preciso esperar até fevereiro para sentar no carro, e isso é um pouco mais enervante”, falou o piloto da Campos.

Desde o dia em que decidiu seguir a carreira de piloto, Bruno lida com o fato de carregar um sobrenome famoso. Porém, o piloto não teme um possível aumento da pressão ao chegar na principal categoria do automobilismo mundial.

“Tive uma preparação muito boa desde o início, corri minha primeira prova na F-BMW sem nunca ter corrido antes. Então a pressão sempre esteve lá, é só uma questão de saber lidar com ela e criar objetivos realistas”, disse Senna, que também não se preocupa muito com as dificuldades de ser um estreante.

“O importante é ter os pés no chão e saber que a gente tem limitações em termos de experiência, e não adianta ser afobado. Preciso trabalhar o máximo com a equipe para conseguir um desenvolvimento rápido. Tudo depende de muitos fatores. Ser ou não ser estreante não é o que define ser ou não ser bem sucedido”, falou Bruno Senna.

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