17/12/2009 - 16h56

Di Grassi revela interesse em ser dono de equipe quando se aposentar

Guga Fakri

Em São Paulo

Lucas Di Grassi revelou que pretende ser dono de equipe após terminar sua carreira como piloto

Mesmo sem ainda nem ter participado de sua primeira corrida na Fórmula 1, o brasileiro Lucas Di Grassi revelou ter planos inusitados para quando pendurar o capacete. O piloto da Virgin Racing disse que sempre teve vontade de ser dono de uma equipe, e pretende investir na ideia quando se aposentar como atleta.

Em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira, Di Grassi foi incentivado a relembrar uma conversa que teve com um jornalista há quase 10 anos, durante o Mundial de kart realizado em Braga, quando competiu com pilotos que reencontrará na pista na próxima temporada.

“Lembro deste campeonato, foi no ano 2000. Terminei em quinto lugar. Estava todo esse pessoal que hoje está na F-1. O [Robert] Kubica, que terminou em quarto, o [Lewis] Hamilton, que tava brigando mas o motor dele quebrou, o [Nico] Rosberg também estava lá, acho que ficou em sexto ou sétimo”, falou.

Na época com 15 anos de idade, Di Grassi contou que pretendia ser dono de equipe quando se tornasse adulto. “Penso nisso até hoje. A carreira de piloto não é eterna. Não adianta pensar que estarei correndo até os 60 anos, porque não vou. No futuro, minha ideia é fazer parte de uma equipe, ou talvez até ter uma equipe”, disse o piloto, que aproveitou para explicar de onde surgiu tal interesse.

“A minha carreira de piloto sempre foi ano após ano. Todo ano tinha possibilidade de largar o automobilismo e continuar os estudos. Minha família sempre me obrigou a estudar muito. Principalmente minha mãe, que é contra corrida de carro. Ela me falava: ‘Quer correr de kart? Tudo bem, mas você tem que estudar e ir bem na escola’. E como a coisa que mais gostava de fazer era correr de kart, estudava que nem louco”, contou Di Grassi.

“Até chegar à faculdade, quando realmente decidi que me dedicaria 100% ao automobilismo, sempre pensei em parar, fazer engenharia ou economia, e no futuro ter uma equipe”, revelou. “Mas esses planos estão tão distantes, que prefiro focar no que tenho que fazer agora, que é dirigir um carro de Fórmula 1, que já é uma tarefa um tanto complicada. Mas, sem dúvida, tenho interesse nessa área também.”