A sentença da ação movida por Flavio Briatore contra a FIA sai no próximo dia cinco de janeiro
Ex-presidente da FIA, Max Mosley chamou de “desesperados” e “insustentáveis” os argumentos que o ex-chefe da Renault, Flavio Briatore, usou ao dizer que sua punição após o escândalo de Cingapura 2008 foi resultado de desejos “excessivos” por “vingança pessoal” de Mosley.
Briatore foi banido do automobilismo por toda a vida após ser considerado o culpado por mandar o brasileiro Nelsinho Piquet bater seu carro propositadamente para beneficiar seu companheiro de equipe na Renault, Fernando Alonso, durante o GP de Cingapura de 2008.
Em audiência realizada no mês passado no Tribunal de Grande Instância de Paris, Briatore responsabilizou Mosley por sua punição, alegando que o ex-presidente da FIA estava “cego por um desejo excessivo por vingança pessoal”. O Tribunal revelará no próximo dia 5 de janeiro a sentença da ação movida pelo ex-chefe da Renault contra a FIA, que tenta reverter a punição.
Em resposta, Mosley emitiu um comunicado para esclarecer as declarações de Briatore. “Sugerir que foi algo incentivado por motivos pessoais de vingança é um argumento desesperado e insustentável, disse o ex-presidente da FIA, para quem o italiano queria simplesmente “desviar a atenção de um dos piores e mais perigosos exemplos de enganação deliberada na história do esporte”.
“Briatore deveria ser a última pessoa a queixar-se de que a FIA não tratou com justiça. A FIA lhe deu repetidamente o benefício da dúvida”, falou Mosley, que aproveitou para lembrar de outros episódios em a Renault foi questionada.
“Cada vez que a sua equipe foi contestada, a FIA aceitou a versão de Briatore, insistindo que ele não estava envolvido", lembrou Mosley. "Nesta ocasião tem sido diferente. Existem provas contundentes de que ele esteve diretamente envolvido e ordenou que Nelson Piquet Jr batesse o carro.”
Mosley finalizou lembrando que “a investigação, assim como a conclusão da própria Renault, estabeleceu a responsabilidade de Briatore sem nenhuma dúvida."
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