UOL Esporte Fórmula 1
 
05/03/2010 - 07h00

Com um abismo para favoritas, novatas devem formar "Série B" na Fórmula 1

Do UOL Esporte*
Em São Paulo

A equilibrada temporada que se avizinha para a maior parte dos times da Fórmula 1 não é a mesma que Lotus, Virgin e Hispania vislumbram. Com menos testes que a maioria das equipes (ou nenhum), as novatas de 2010 prometem formar uma espécie de "Série B" dentro da maior categoria do automobilismo mundial.

INFOGRÁFICO MOSTRA OS DADOS DA PRÉ-TEMPORADA DA FÓRMULA 1

  • Arte UOL

A avaliação é baseada no levantamento da pré-temporada feito pelo UOL Esporte. Lotus e Virgin, que participaram das sessões coletivas, foram as únicas que não chegaram nenhum dia entre os três mais rápidos.

Mais que isso, a dupla apresentou um ritmo de quebras acima da média das rivais, e não conseguiu bater a marca de 3.000 km rodados. A Lotus, que teve um desempenho um pouco melhor, fez 2.852 km, contra 1.782 km da Virgin. A Force India, pior no quesito entre as “veteranas”, conseguiu 4.088 km.

O ritmo de tempo de ambas também foi dos piores. Lotus e Virgin passaram quase todas as sessões dividindo as duas últimas posições, e os próprios chefes de equipe admitiram a dificuldade no embate com as demais.

Neste cenário, a situação da Hispania é ainda mais complicada. A equipe de Bruno Senna e Karun Chandhok só apresentou seu carro na última quinta, e irá para o GP do Bahrein sem ter feito nenhum teste.

O abismo entre as favoritas e as novatas é resultado do fracasso na política adotada por Max Mosley em 2009. Na ocasião, o ex-presidente da FIA permitiu a entrada de Virgin, Lotus, Campos e USF1 apostando na implantação de um teto orçamentário, que equilibraria as possibilidades entre os times.

Em cima da hora, porém, Ferrari e companhia vetaram o teto, e deixaram as escuderias estreantes em meio a uma grave crise financeira. Virgin e Lotus conseguiram montar seus carros graças a patrocinadores fortes, enquanto a Campos viveu um dilema antes de ser vendida para Jose Ramon Carabante e virar Hispania.

A USF1, por sua vez, não mostrou a solidez prometida. Apesar de ter fechado um contrato com o argentino José Maria López, a equipe norte-americana admitiu que não tinha condição de alinhar no GP do Bahrein, e deixou a Fórmula 1.

*Por Guga Fakri, Gustavo Franceschini e Rubens Lisboa
 

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