06/03/2010 - 07h00

Concorrência e força de Alonso se sobrepõem à euforia por Schumacher

Do UOL Esporte*

Em São Paulo

A notícia do retorno de Michael Schumacher, que movimentou os bastidores da Fórmula 1 em dezembro, já não assusta tanto os seus rivais. Após o fim da pré-temporada, a geração de pilotos posterior ao domínio do alemão, liderada por Fernando Alonso, configura um equilíbrio inédito na carreira do alemão.

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A qualidade de Schumacher será posta à prova com a Mercedes. Cotada como favorita no início do ano, a equipe comandada por Ross Brawn decepcionou nos testes coletivos da Fórmula 1, e apresentou rendimento mais próximo do pelotão intermediário que das favoritas.

O número de lideranças dos alemães é sintomático. A Mercedes terminou apenas dois dias à frente das rivais em 15 sessões, enquanto Ferrari, Red Bull e McLaren conseguiram três voltas mais rápidas cada. Os dois primeiros lugares foram alcançados por Nico Rosberg, companheiro de Michael Schumacher.

Além disso, a Mercedes não entrou na lista das seis mais rápidas em nenhuma das três pistas utilizadas. Os resultados abalaram a confiança do próprio Schumacher, que foi taxativo quanto às suas possibilidades no começo do ano.

“Não estamos na posição que gostaríamos de estar, que era a de brigar pelas vitórias logo nas primeiras corridas. O nosso objetivo agora é ficar próximo dos líderes, que devem ser Ferrari, Red Bull e McLaren”, disse o heptacampeão.

A distância do protagonismo também é explicada pela concorrência. Neste ano, quatro campeões mundiais estarão no grid, o que não acontece desde 1999. Na ocasião, Damon Hill, Jacques Villeneuve, Mika Hakkinen e o próprio Schumacher dividiram as pistas da Fórmula 1.

Atualmente, Jenson Button, Lewis Hamilton, Fernando Alonso e o próprio Michael Schumacher contam com pelo menos um título em suas galerias de troféus. Além deles, vice-campeões promissores como Felipe Massa e Sebastian Vettel também brigam com o heptacampeão, que ainda disputa dentro dos boxes com Nico Rosberg.

De todos os “novatos”, o mais bem cotado é Fernando Alonso. O espanhol foi apontado pela mídia especializada como umas das razões para a aposentadoria de Schumacher em 2006.

Depois de passar anos avisando que iria parar quando encontrasse alguém que pudesse batê-lo, o alemão largou a Ferrari depois de perder o título para o asturiano em duas oportunidades.

*Por Guga Fakri, Gustavo Franceschini e Rubens Lisboa