UOL Esporte Fórmula 1
 
18/03/2010 - 07h01

Corridas chatas não preocupam Di Grassi: "Quero é cuidar do meu carro"

Guga Fakri
Em São Paulo
  • Após abandonar na 3ª volta no Bahrein, Di Grassi está mais preocupado em desenvolver seu carro

    Após abandonar na 3ª volta no Bahrein, Di Grassi está mais preocupado em desenvolver seu carro

A falta de emoção na primeira etapa da temporada 2010 da Fórmula 1 gerou muita polêmica. Com a intenção de criar um espetáculo mais atraente para o público e evitar corridas chatas, como foi considerada a do Bahrein, pilotos e dirigentes já estudam possíveis mudanças no regulamento que facilitem as ultrapassagens e gerem mais ação.

Porém, nem todos os pilotos estão preocupados com o “show”. Para o brasileiro Lucas di Grassi, que abandonou a primeira corrida de sua carreira na F-1 logo na terceira volta com um problema hidráulico em sua Virgin, por enquanto existem outras prioridades mais importantes.

“Minha preocupação no momento é fazer meu trabalho. Quero é cuidar da minha equipe e do meu carro primeiro. Não cabe a mim organizar o campeonato”, disse o piloto da Virgin ao UOL Esporte.

Para Di Grassi, ainda é cedo para se discutir uma mudança nas regras da atual temporada. “Acho que tem de se esperar um pouco, foi só a primeira prova. Antes de tomar uma decisão, se é que será tomada uma decisão, é preciso analisar mais corridas. Aí sim ver se vale a pena fazer alguma mudança”, falou o brasileiro de sua casa em Londres.

PALAVRA DOS ESPECIALISTAS

"No momento em que proibiram o reabastecimento, disse que estava muito pessimista com esta mudança. As corridas poderiam ter menos emoção."
"As corridas são chatas porque as equipes praticamente extinguiram a disputa por posições."

Apesar de não se preocupar com as provas entediantes no momento, Di Grassi não fugiu da polêmica. “Sem dúvida, existem várias formas de fazer a F-1 ter mais emoção e mais ultrapassagens. Uma é fazer os carros mais lentos largarem na frente dos mais rápidos. Independentemente da pista, do pneu ou do reabastecimento, se o mais rápido largar na frente, vai abrir vantagem e não vai ter briga nenhuma”, sugeriu.

“Mas ao mesmo tempo isso não seria justo, porque os mais rápidos merecem largar na frente. Então é um conflito", continuou. "A conta é bem simples. Qualquer carro a qualquer velocidade gera arrasto, uma zona de baixa pressão, o famoso vácuo. O de trás perde arrasto e ganha velocidade. Para ultrapassar, esse ganho tem de ser maior do que a perda de aderência”,  explicou Di Grassi.

“Existem várias formas de se fazer isso. Mas, pelo que entendi, o regulamento não deve mudar. O que foi combinado para este ano deve ser mantido. Mas estou focado mesmo é no meu trabalho na Virgin”, finalizou o brasileiro, que espera ter condições de completar a próxima corrida, na Austrália, dia 28 de março.

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