Kovalainen completou com a Lotus no Bahrein e se tornou referência para as novatas |
Desde o dia em que lançaram seus carros para a temporada 2010 da F-1, Lotus, Virgin e Hispania deixaram claro que sua principal preocupação é conquistar quilometragem e, automaticamente, o máximo de informações para desenvolver seus projetos e melhorar o desempenho ao longo do ano. Por isso a Lotus comemorou como uma vitória o resultado na primeira corrida, no Bahrein.
Apesar da boa velocidade, A Virgin de Di Grassi quebrou logo na terceira volta da prova no Bahrein
Mesmo com o abandono, as 17 voltas dadas por Bruno Senna no Bahrein foram surpreendentes
Enquanto Virgin e Hispania fizeram apenas 18 voltas cada uma na soma de seus dois carros em Sakhir, a Lotus completou a corrida com Heikki Kovalainen e chegou a uma volta do fim com Jarno Trulli, somando um total de 93 voltas, cinco vezes mais que as adversárias estreantes. Com o resultado, saiu na frente na briga para ser a melhor novata do ano.
O desempenho da equipe anglo-malaia se tornou referência, e repetir o feito de Kovalainen no Bahrein passou a ser um objetivo dos brasileiros Lucas di Grassi (Virgin) e Bruno Senna (Hispania) para a próxima corrida na Austrália. Após deixar a prova no Bahrein com problemas hidráulicos na terceira volta, Di Grassi admitiu ter esperanças de terminar a corrida em Melbourne, no dia 28.
“Abandonar cedo me prejudica e prejudica o desenvolvimento do carro. Mas o pessoal está trabalhando bastante na confiabilidade, tentando resolver a parte hidráulica para a próxima corrida. A previsão é que a gente termine na Austrália”, disse Di Grassi em entrevista ao UOL Esporte.
Apesar de admitir que a Lotus começou melhor, Di Grassi lembrou que a diferença entre a Virgin e o time anglo-malaio não é o que aparentou na primeira prova. “O Glock [companheiro de Di Grassi] estava na frente do Kovalainen quando quebrou. Em velocidade, ainda somos os melhores entre as novatas. Em confiabilidade, estamos atrás”, analisou o brasileiro.
O outro estreante do país na categoria também aspira receber a bandeirada na etapa australiana. Após completar 17 das 49 voltas com um carro que nunca tinha sido ligado até chegar ao circuito de Sakhir, Bruno Senna entende que a Hispania será capaz de diminuir a diferença para as outras novatas já na próxima corrida.
“O carro teve uma confiabilidade surpreendente durante o primeiro final de semana, mas estamos um pouco atrás em termos de informação e performance. Mas essa diferença deve se equalizar com o tempo e esperamos estar à frente das outras equipes novas quando tivermos um pouco mais de conhecimento do carro”, explicou Senna ao UOL Esporte.
“Acredito que os desenvolvimentos técnicos que o carro receberá nas próximas semanas já diminuam muito os problemas que tivemos. Terminar um GP nunca é fácil. Para uma equipe que não testou, é mais difícil ainda. Mas esperamos que os problemas que tivemos sejam resolvidos a partir da corrida da Austrália”, previu o sobrinho do tricampeão Ayrton Senna.
Conheça a carreira de mais de 10.000 atletas