UOL Esporte Fórmula 1
 
27/03/2010 - 11h20

Acusada pela McLaren, Red Bull nega uso de suspensão ativa em seus carros

Das agências internacionais
Em Melbourne (Austrália)

A Red Bull negou que esteja usando uma espécie de suspensão ativa após ser acusada pela McLaren de usar a tecnologia ilegal em seus carros. A suspensão ativa, criada pela Lotus original e conhecida principalmente pela vantagem que deu à Williams em 1992, foi proibida desde 1993.

“Não existe esse sistema nos nossos carros”, disse um representante da Red Bull à agência Reuters em resposta aos comentários do chefe da McLaren, Martin Whitmarsh, neste sábado em Melbourne.

Whitmarsh disse aos repórteres no início do dia que a McLaren está com pressa para desenvolver o seu próprio sistema, após notar que alguns carros, incluindo os da Red Bull, ficam mais próximos do chão durante a classificação.

“Acho que os Red Bull e alguns outros carros estão mais baixos do que o esperado durante a classificação, uma vez que eles teriam de correr com o tanque cheio mais tarde”, falou o chefe da McLaren ao ser questionado pelo ex-piloto da F-1 David Coulthard, que atualmente trabalha comentarista da televisão britânica e consultor da Red Bull, sobre quais equipes estariam usando tal sistema.

Os engenheiros não podem alterar as regulagens da suspensão dos carros entre o sábado e o domingo. Portanto, são obrigados a deixá-los mais altos do que o necessário na classificação, para que no dia seguinte, quando estão bem mais pesados com o tanque cheio para a largada, fiquem na altura ideal em relação ao solo.

O sistema usado pela Red Bull manteria o carro com a mesma altura do solo, independentemente da quantidade de gasolina. Com isso, os carros de Vettel e Webber ficariam na altura ideal tanto na classificação, quanto em qualquer momento da corrida, quando o peso do carro varia bastante, trazendo uma vantagem significativa sobre os rivais.

Para Whitmarsh, a Red Bull pode ter encontrado uma forma de usar essa espécie de suspensão ativa sem ferir o regulamento, tendo um resultado similar ao que foi proibido há 16 anos. “Existem evidências de que talvez o sistema deles seja considerado legal. E se forem [permitidos], teremos o nosso o quanto antes”, falou.

Whitmarsh disse à BBC que espera desenvolver a tecnologia antes da quarta corrida da temporada, na China, no dia 18 de abril. Os comentários do chefe da McLaren vieram depois de o chefe da Red Bull, Christian Horner, iniciar uma polêmica sobre a asa traseira dos carros da equipe inglesa antes da corrida de abertura no Bahrein.

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