UOL Esporte Fórmula 1
 
27/03/2010 - 06h51

Vettel quer corrida chata na Austrália, mas aposta em chuva e batidas

Das agências internacionais
Em Melbourne (AUS)

Se não fosse o colapso sofrido pela Red Bull de Sebastian Vettel, o GP do Bahrein seria ainda mais chato. O alemão, que havia largado na frente, perdeu potência e cedeu três posições, em uma prova que não agradou nem pilotos nem espectadores. Agora, após fazer nova pole position, Vettel torce para que a corrida da Austrália seja ainda mais monótona. Mas não é isso que ele acha que vai acontecer.

“Estou torcendo por uma corrida chata, e que a gente termine do jeito que começarmos”, declarou Vettel, que vai largar na primeira fila ao lado do companheiro Mark Webber, que nunca venceu correndo em casa. O australiano não deixa de ser outra vítima de Albert Park, circuito de rua conhecido pelo grande número de incidentes durante as provas.

Além da própria característica da pista, o tempo instável em Melbourne é outro fator de “emoção” para a segunda corrida do ano. Além disso, há o desafio de “driblar” os retardatários oficiais da Fórmula 1: os seis pilotos das equipes estreantes, que vêm se “arrastando” no asfalto.

“Acho que teremos bem mais emoção, primeiro por causa do circuito em si, porque esta prova tem mais disputa do que no Bahrein. E nós não sabemos como estará o tempo. Geralmente sempre faz sol na Austrália, eu não sei o que tem de errado neste ano”, brincou o alemão, admitindo que torce para não chover.

Pole position, Vettel não chegou a reclamar do tráfego intenso durante o treino de classificação. Porém, todos os outros pilotos se queixaram. Além da lentidão dos carros estreantes, o espanhol Pedro de La Rosa, da Sauber, foi o mais criticado.

“Não consegui andar livre em nenhuma volta, e isso é frustrante”, reclamou o campeão mundial Jenson Button, quarto colocado com a McLaren. “No final do Q2, o Pedro estava no caminho em um trecho rápido, e era uma posição realmente perigosa. Falei com ele, mas acho que a culpa é mesmo das equipes que não avisam quem está vindo atrás”, completou.

Já o italiano Vitantonio Liuzzi, da Force India, que ficou em 13º no treino, criticou o congestionamento provocado pelos 24 carros na pista: “Temos que achar uma solução para isso, porque há muitos carros em velocidades diferentes. Se é assim aqui, imagine em Monte Carlo”.

Em entrevista a Luis Fernando Ramos, do Tazio, Bruno Senna respondeu às críticas feitas aos carros lentos dos estreantes: "As equipes novas estão fazendo o máximo que é possível para sair da frente dos carros, a gente reconhece que a gente é mais lento e presta atenção no espelho. Acontece uma vez ou outra de você atrapalhar a volta de alguém no treino, mas não é o fim do mundo. O cara não vai perder posição".

Compartilhe:

    Placar UOL no iPhone

    Hospedagem: UOL Host