Para Alonso, a criação de uma "cartilha" é uma reação " completamente exagerada" da FIA
Após os incidentes envolvendo Lewis Hamilton e a polícia de Melboure, quando o piloto da McLaren foi multado por direção perigosa nas ruas da cidade durante o final de semana do GP da Austrália, o promotor da corrida australian, Ron Walker, disse que a FIA criará uma “lista do que pode ou não ser feito no país e as regras e regulamentações para outros lugares que a Fórmula 1 visita”.
Mas o bicampeão mundial Fernando Alonso é contra a ideia da entidade comandada pelo francês Jean Todt de criar uma “cartilha de boas maneiras” para cada corrida da temporada. Em entrevista à Gazzetta dello Sport, o espanhol disse que a reação do presidente da FIA é “completamente exagerada”.
“Se um cara de 25 anos está guiando um carro esportivo e faz um pouco de barulho com os pneus, e uma semana depois surge a ideia de fazer uma lista de regras, acho que é um exagero”, falou o piloto da Ferrari ao jornal italiano. Alonso ainda disse que o caso de Hamilton era um problema individual dele, e que a GPDA (Associação dos Pilotos de F-1) não faria nenhuma sanção ao piloto da McLaren.
Assim como Hamilton, o espanhol também protagonizou um incidente relacionado à pilotagem nas ruas da cidade australiana. Alonso foi flagrado por uma câmera de celular acelerando uma Ferrari Califórnia agressivamente no percurso entre a pista de Albert Park para seu hotel. O vídeo teve mais de 120 mil visualizações no YouTube.
Ao mesmo tempo, o estado de Victoria ainda está lidando com a polêmica das declarações do piloto australiano Mark Webber, da Red Bull, que fez duras críticas ao estado onde se localiza a cidade de Melbourne após o incidente com Hamilton.
“Mudou muito desde que saí daqui. Fico p... da vida quando volto, sinceramente. É um estado muito controlador, como uma mamãe, em relação ao que podemos ou não fazer”, falou o piloto da casa na época. Nas pesquisas feitas pela mídia da região, cerca de 90% do público concorda com Webber.
Enquanto isso, a Mercedes-Benz Austrália declarou ter recebido dezenas de propostas de compra para o carro usado por Hamilton naquele dia. A importadora revelou que qualquer valor acima dos US$ 138 mil (R$ 244 mil), que é o preço do modelo C63 AMG, será doado para instituições sociais que trabalham com crianças.
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