27/07/2010 - 08h09

Chefe da McLaren cutuca Ferrari e diz que prefere vencer com justiça

Do UOL Esporte

Em Sâo Paulo

Chefe da McLaren lembrou da liberdade dada a Hamilton e Alonso para competir em 2007

No dia seguinte à vitória polêmica de Fernando Alonso no GP da Alemanha, o chefe da McLaren Martin Whitmarsh disse que não iria comentar o episódio e teria uma conversa privada com a cúpula da Ferrari. Mas, nesta terça-feira, ele apontou falta de espírito esportivo da escuderia italiana, mesmo sem falar abertamente sobre a conversa pelo rádio que fez Felipe Massa ceder a liderança ao companheiro.

“Queremos vencer desesperadamente, mas o que conta é como você vence. Se você ganha e sabe que trapaceou, então eu não vejo como ter um bom sentimento quando você parar para refletir sobre a sua carreira”, declarou Whitmarsh à Autosport.

“Se você vence se apropriando da vantagem com algum ato antidesportivo, o sentimento não é tão bom. Quando Mika Hakkinen superou Michael Schumacher, aí sim foi satisfatório”, comentou o dirigente, lembrando do primeiro campeonato vencido pelo finlandês, em 1998, com a McLaren.

Whitmarsh também lembrou do campeonato de 2007 para justificar o seu argumento de que é preciso deixar os pilotos competirem livremente. Naquela temporada, Alonso e Hamilton brigaram dentro e fora das pistas na McLaren, e a equipe acabou perdendo o Mundial para Kimi Raikkonen, então na Ferrari.

“Fizemos aquilo em 2007 e tivemos todas as razões para fazer diferente depois. Sempre há uma parte de você dizendo que deveria ter feito diferente, mas na verdade sinto orgulho, pois sei que agimos da maneira mais justa”, avaliou o chefe da McLaren sobre o tratamento igual dado aos pilotos de 2007.

“Durante aquela fase, lembro falar aos dois que tudo o que um grande piloto quer é olhar para si mesmo no espelho e dizer: ‘venci esse campeonato com mérito, e não porque a equipe me colocou em vantagem”, concluiu Whitmarsh.