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Mosley diz que calendário com 20 corridas pode enfraquecer a F-1

Max Mosley, ex-presidente da FIA, é contra o aumento de custos na F-1 - AFP PHOTO/Pablo PORCIUNCULA
Max Mosley, ex-presidente da FIA, é contra o aumento de custos na F-1 Imagem: AFP PHOTO/Pablo PORCIUNCULA

Do UOL Esporte

Em São Paulo

04/12/2010 11h10

Ex-presidente da FIA, Max Mosley fez críticas ao calendário com 20 corridas previsto para 2011. Segundo ele, a medida promovida por Bernie Ecclestone pode reduzir o interesse pela Fórmula 1 e comprometer o espaço das corridas na TV, além de provocar a saída de equipes devido ao alto custo.

Mosley e Ecclestone nunca tiveram boas relações, e frequentemente discordavam de assuntos relacionados ao orçamento da Fórmula 1, bem como a entrada de novas equipes. Agora, o ex-presidente da FIA mostra desconfiança quanto à entrada de novos circuitos no calendário. Índia começa a receber GPs em 2011; Rússia e Estados Unidos serão adicionados no futuro.

“Pessoalmente, acho muita coisa”, declarou Mosley em entrevista ao jornal alemão Welt, lembrando que o calendário com 20 corridas será o maior que a categoria já teve.

“Na minha opinião, são muitas tardes de domingo para esperar que as pessoas dediquem à Fórmula 1. De certa forma, começa a ficar cansativo”, continuou o britânico.

Mosley ainda alertou para o risco de as TVs começarem a dispensar a transmissão de certas corridas: “Se começar a pular uma ou outra prova, pode rapidamente virar um hábito nas emissoras, e uma bola de neve em termos de prejuízo com as taxas de transmissão”.

Outro problema apontado por Mosley é o alto custo de ter um calendário longo. Ele disse que as equipes "já não sabem onde arranjar mais dinheiro", e afirmou que não ficaria surpreso se outras equipes abandonassem a categoria.

“Em janeiro de 2008, eu avisei que, se não houvesse redução de custos, não seriam só os times pequenos que teria problemas. E aconteceu: Honda, BMW, Toyota e Renault se foram por conta dos custos elevados", comentou.

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