Prost critica venda da Renault e diz que França chegou "no fundo do poço"
O tetracampeão Alain Prost, que já foi até dono de equipe, se mostrou decepcionado com a venda das ações que a Renault ainda tinha na escuderia. Nesta semana, a equipe foi negociada com a Lotus Cars, e agora pertence apenas à montadora e ao grupo luxemburguês Genii Capital.
“Nós [franceses] chegamos ao fundo do poço. Podemos ser otimistas por esperar que as pessoas realizem que isso não é uma coisa boa para um país de tradição automobilística como a França. Então talvez haja medidas e estratégias para que as coisas voltem ao normal”, disse Prost à revista francesa Auto Hebdo.
“Mas, agora, é extremamente difícil porque o nosso país se tornou um pouco 'motorfóbico'. As companhias e marcas já não têm desejo de investir na Fórmula 1”, lamentou Prost, que lamentou a falta de pilotos franceses no grid.
“Não ter um GP na França é uma coisa, mas o fato de que não há nenhum piloto francês no grid é um grande atraso. Isso é o que traz o interesse das pessoas para o esporte. Para mim, não é uma surpresa, e não era inevitável”, comentou Prost, acrescentando que a situação tende a piorar com a saída da Renault.
“A equipe Renault foi parte da história e deixou um legado na Fórmula 1, então quando você perde isso, é difícil conseguir de volta. Ser um fornecedor de motores ainda é bom, é claro, mas acho que a saída da Renault como dona de equipe é uma pena. Entendo que é preciso economizar, mas agora será ainda mais difícil para a França e os pilotos franceses”, completou.
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