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Di Grassi diz que patrocínio falou alto e cogita ser reserva em time grande

Lucas Di Grassi em treino na Hungria; Jerome D"Ambrosio formará dupla com Glock - FP PHOTO / GUILLAUME BAPTISTE
Lucas Di Grassi em treino na Hungria; Jerome D'Ambrosio formará dupla com Glock Imagem: FP PHOTO / GUILLAUME BAPTISTE

Maurício Dehò

Em São Paulo

21/12/2010 14h35

Lucas Di Grassi teve anunciada nesta terça-feira sua saída da Virgin Racing, dando lugar ao belga Jerome D’Ambrosio, depois de correr uma temporada completa pela pequena equipe, em seu ano de estreia na Fórmula 1. Desempregado para 2011 por não conseguir bater o concorrente na questão de patrocínios, o paulista de 26 anos disse estar tranquilo com o futuro e cogita até voltar a ser piloto reserva, mas retornando aos boxes de uma grande equipe.

“(A saída) é uma coisa que eu já sabia há um tempinho. Esta era a situação na equipe, que é totalmente dependente de patrocínio, tanto da minha parte como a do D’Ambrosio. Ele conseguiu arranjar, e eu não, então o aspecto financeiro falou mais alto”, explicou o brasileiro, em entrevista ao UOL Esporte.

CONFIANTE NA VOLTA

Getty Images
Estou tranquilo, tenho 90% de certeza de que estarei na Fórmula 1 em 2011, de um jeito ou de outro. Agora é trabalhar e ver o que dá para fazer

DI GRASSI, sobre as chances para 2011

Di Grassi foi piloto reserva da Renault em 2008 e 2009, o que deu visibilidade para sua entrada na Fórmula 1 este ano. No entanto, o desempenho da Virgin foi pífio em comparação às escuderias de ponta, o que faz com que ele acredite que é possível alçar uma vaga de maior destaque voltando ao caminho que traçou anteriormente e esperando uma vaga de maior proeminência.

“É uma pena, mas existem outras possibilidades. Há ainda uma ou duas vagas abertas para piloto principal. Mas ser reserva de uma equipe grande talvez seja até mais vantajoso do que correr por uma escuderia muito pequena”, avaliou o piloto.

“Estou tranquilo, tenho 90% de certeza de que estarei na Fórmula 1 em 2011, de um jeito ou de outro. Agora é trabalhar nas outras conversas que eu já tinha e ver o que dá para fazer”, completou. “Por isso vim para o Brasil cedo ao final da temporada. Vim trabalhar, vim tentar patrocínio para me manter, mas ficou muito difícil depois da perfomance abaixo do esperado do carro.”

Atrás no grid junto à Hispania, de Bruno Senna, Di Grassi teve dificuldades durante a temporada e alcançou como melhor colocação um 14º lugar, na Malásia, terceira etapa do Mundial. O companheiro Timo Glock igualou esta posição como sua melhor performance durante 2010.

CAMPEÃO NO KART, EM FLORIPA

  • Carsten Horst/Divulgação

    Apesar de ter perdido a vaga na Virgin, Di Grassi mostrou talento na pista no último fim de semana, mas correndo de kart. Ele foi o vencedor do Desafio das Estrelas, prova anual organizada por Massa.

Elogios pelo desempenho

Apesar de não ter conseguido manter a vaga para a próxima temporada, Di Grassi afirmou que sua avaliação dentro do time era positiva em termos de desempenho e que, caso não houvesse a obrigação financeira, poderia ter continuado por mais um ano correndo ao lado do alemão Timo Glock.

“Pelo lado esportivo, os engenheiros queriam que continuasse. Apesar disso, não foi o suficiente. O ano, em termos de resultado, não foi o que eu esperava, mas terminei junto com o Glock e tive boas corridas, mesmo às vezes não tendo o mesmo carro que ele. Isso todo mundo na equipe viu”, explicou o paulista.

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