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Decisão sobre a realização do GP de Bahrein nesta temporada será nesta sexta-feira

Jean Todt, presidente da FIA, quer o GP em Bahrein ainda em 2011 - Lucas Dolega/EFE
Jean Todt, presidente da FIA, quer o GP em Bahrein ainda em 2011 Imagem: Lucas Dolega/EFE

Das agências internacionais

Londres (Inglaterra)

02/06/2011 10h45

A direção da Fórmula 1 deve decidir nesta sexta-feira se irá remarcar o GP de Bahrein, que foi cancelado por conta da instabilidade política e civil que vive o país. Enquanto os organizadores querem que o evento aconteça, as equipes e organizações de direitos humanos querem manter a corrida fora do calendário.

O resultado do encontro da FIA em Barcelona ainda não foi definido, embora muitos profissionais ligados ao automobilismo questionem como a corrida poderia ser reintegrada ao circuito desta temporada. Bernie Ecclestone afirmou que existe a esperança do GP que estava previsto para 13 de março acontecer, pois tem garantias dos organizadores de que o país está pronto para receber o evento.

O grande obstáculo é o calendário. Para acomodar Bahrein, foi sugerido que a estreia do Grande Prêmio da Índia mudasse de 30 de outubro para 11 de dezembro. Seria a temporada mais longa desde 1963. Pode ser um pouco demais para as equipes. “É muita coisa. Nossos rapazes estão trabalhando desde janeiro e nós estamos pedindo a eles que trabalhem até dezembro e isso quer dizer que não haverá tempo para o feriado antes do Natal e eles já teriam que estar de volta em janeiro”, disse Ross Brawn, dono da Mercedes.

“Pessoalmente acho inaceitável e nós dissemos isso a Bernie. Ele sabe nossa opinião. Não podem esperar que trabalhemos nesse ambiente e nessa situação, então acho que é totalmente inaceitável”, completou. Outras equipes como Ferrari e McLaren, cuja maior acionista é uma empresa de Bahrein, não fazem tantas objeções à corrida, mas questionam a data.

Fontes sugerem que Ecclestone e Jean Todt, presidente da FIA, estariam usando a mudança de data como uma manobra para não insultar Bahrein, mesmo sabendo que a corrida não poderá ser realizada. Portanto, seria apenas um jogo de cena, já que o país possui alguns dos maiores investidores da F-1.

Na ocasião em que a corrida foi adiada, Ecclestone afirmou que não colocaria em risco seu relacionamento com os organizadores da prova no país, que deve render cerca de US$ 40 milhões aos cofres da F-1. Ele afirmou que a modalidade não se envolve em questões religiosas e políticas e que não tomaria sua decisão baseada nesses quesitos.
 

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