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Nelsinho diz que não teve apoio moral do pai durante passagem pela F-1

Nelson Piquet acompanha o filho Nelsinho durante o GP da Espanha de 2008 - Gero Breloer/EFE
Nelson Piquet acompanha o filho Nelsinho durante o GP da Espanha de 2008 Imagem: Gero Breloer/EFE

Do UOL, em São Paulo

24/09/2012 09h37

A denúncia da armação do acidente de Nelsinho Piquet no GP de Cingapura da 2008 foi feita pelo seu próprio pai, o tricampeão Nelson Piquet. Três anos depois da divulgação do caso, o piloto afirmou que a história poderia ter sido diferente caso contasse com esse suporte familiar desde o início de sua trajetória na Fórmula 1.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Nelsinho se gabou de nunca precisar usar seu sobrenome para crescer em sua carreira no automobilismo, mas admitiu que acabou ficando desamparado durante sua conturbada passagem pela Renault entre 2008 e 2009.

“Ganhei todos os campeonatos de kart, todos os campeonatos de Fórmula 3. A GP2 eu perdi na última prova, para o Hamilton, por uma besteira. Por onde eu passei, sempre fui o melhor. Até chegar à Fórmula 1, quando corri contra o Alonso, numa situação muito difícil, em que eu não tinha apoio moral nenhum, nem do meu pai nem de ninguém e, por isso, acabei me perdendo um pouco”, relembrou Nelsinho.

“Quer dizer, a minha trajetória é diferente da daqueles pilotos que são filhos, netos, sobrinhos de grandes nomes do automobilismo. O Bruno Senna, por exemplo: eu o considero um bom piloto, mas ele começou tarde, nunca venceu um campeonato de kart, nem de Fórmula 3, nem de GP2. Então, é diferente. Eu cheguei à F-1 porque fui contratado para correr, não precisei levar patrocinador”, concluiu o piloto de 27 anos.

Atualmente na Nascar, Nelsinho mora com outros dois amigos em uma mansão com cinema e sem empregada na Carolina do Norte. E lamentou que o pai não venha visitá-lo com mais frequência: “Ele tem uma família enorme, trabalha como um cão e, ao mesmo tempo, quer aproveitar a vida. Então, a gente quase não se vê. Infelizmente, ele vem pouco aqui... eu gostaria que ele viesse mais”. 

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