Piloto espanhola que perdeu olho diz estar mais orgulhosa de sua nova aparência
A piloto Maria de Villota concedeu sua primeira entrevista coletiva após perder um olho em acidente durante treino da Marussia, em julho. Vaidosa, a espanhola admitiu que chegou a temer pelos efeitos do acidente, mas disse estar orgulhosa de sua nova aparência.
“Vi no rosto de minha mãe como ela sofria por mim e fiquei aterrorizada. Tinha 104 pontos no rosto, minha cara estava horrível e eu pensei ‘quem vai me querer assim?’”, disse De Villota. “Mas logo você se dá conta do carinho das pessoas e do apoio de todo mundo, que fazem com que hoje eu me olhe no espelho e fique orgulhosa de minha aparência, diz mais de mim do que antes”.
A espanhola sofreu grave acidente no dia 3 de julho deste ano, durante testes da Marussia no aeroporto de Duxford, no Reino Unido. De Villota perdeu o controle do carro e bateu em alta velocidade em um dos caminhões da escuderia. Como resultado, sofreu graves ferimentos no rosto e perdeu o olho direito.
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A espanhola contou como foi sua reação ao saber que havia perdido um olho no acidente. De Villota revelou ter ficado arrasada ao descobrir que nunca mais poderia guiar um carro de Fórmula 1 e chegou a se lamentar com os médicos.
“Quando acordei, um dos cirurgiões que me operou disse que haviam salvado a minha vida, mas que havia perdido um olho. Eu disse ao coitado que, se ele precisava das duas mãos para operar, eu precisava dos dois olhos para ser piloto”, revelou De Villota.
“Depois você vê que sua família e amigos te olham como se fosse um milagre e se dá conta que enxerga mais do que antes. Antes via apenas Fórmula 1, me via somente em um carro competindo. Agora enxergo o mais importante da vida e vou aproveitar essa oportunidade a 100%”, afirmou a espanhola.
De Villota agora procura recomeçar sua vida longe das pistas. A espanhola afirmou que pretende continuar ligada ao mundo da velocidade e coloca como meta ajudar na formação de uma primeira piloto mulher a correr em um GP de Fórmula 1.
“Existe vida além da Fórmula 1 e estou certa que o melhor ainda está por vir. Vou estar em três lugares: o dos motores, pois nada vai evitar que siga ligada a esse mundo que tanto adoro, o dos doentes, porque não imaginam a quantidade de gente que sofre em hospitais, e das mulheres, pois desejo que uma delas, com talento e trabalho, chegue à Fórmula 1”, disse De Villota.
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