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Má fase dos brasileiros na F-1 não desanima fãs que cruzam o país para ver o GP do Brasil

Torcedores do Figueirense, Vladimir e Gustavo vieram de SC para o GP do Brasil - Rafael Krieger/UOL
Torcedores do Figueirense, Vladimir e Gustavo vieram de SC para o GP do Brasil Imagem: Rafael Krieger/UOL

Rafael Krieger

Do UOL, em São Paulo

23/11/2012 16h33

Interlagos deverá receber cerca de 150 mil pessoas para o GP do Brasil, mas não há nada em jogo para os pilotos brasileiros. Principal esperança do país, Felipe Massa estará dedicado a ajudar o companheiro Fernando Alonso a conquistar o título. Mas o vice-campeão de 2008 ainda tem moral com a torcida, especialmente aqueles que chegaram de longe para acompanhar a corrida e torcer por ele.

É o caso de João Carlos Alves, de 61 anos, que conseguiu a liberação de seu serviço em uma usina hidrelétrica no Rio São Francisco e viajou de Recife a São Paulo só para acompanhar a corrida. É a primeira vez que ele assiste à Fórmula 1, mas se pudesse já teria ido antes: “No ano passado, não consegui, mas neste ano comprei antecipado".

Para economizar, ele ficou hospedado na casa de parentes na Zona Norte, e demorou duas horas para chegar ao autódromo para os treinos livres de sexta-feira, após pegar um ônibus, dois metrôs e um trem. Segundo ele, mais do que o preço do ingresso, a dificuldade com o transporte foi o maior transtorno. Toda essa dedicação foi para acompanhar Felipe Massa e torcer pelo título do também ferrarista Fernando Alonso.

TORCEDOR DO SANTA CRUZ

  • Rafael Krieger/UOL

    José veio de Recife a São Paulo para ver a corrida

“Sempre torço pelos pilotos brasileiros. O Massa caiu muito, mas agora tem que torcer pelo parceiro dele. Mesmo assim, na minha concepção, é ele quem ainda está sonhando com alguma conquista para o Brasil na Fórmula 1”, comentou João antes de mostrar orgulhoso a camisa do Santa Cruz e se dirigir para as catracas do portão A.

Não muito longe dali, no portão 8, outro torcedor mostrava sua paixão por um time de longe, no caso o Figueirense. O analista de sistemas Vladimir Albino Martins veio de Florianópolis em um motor home para acompanhar o GP do Brasil pela quinta vez, ao lado do dentista Gustavo Honório Martins.

“É, perdemos um dia de trabalho, mas a gente faz isso pela torcida. Não só pelo Massa, mas também para lembrar do Senna, que foi o maior de todos”, explicou Vladimir. Já Gustavo se mostrou um pouco mais cético quanto à fase dos brasileiros e disse estar ali “pelo automobilismo”. Seu palpite para o campeão também foi diferente: “Vamos torcer para o Vettel, porque esse merece. 

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