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Presidente da Ferrari elogia Massa e diz que escuderia continuará fazendo jogo de equipe

Presidente da Ferrari, Montezemolo (centro), elogiou evolução de Massa no ano - Manuel Bruque/EFE
Presidente da Ferrari, Montezemolo (centro), elogiou evolução de Massa no ano Imagem: Manuel Bruque/EFE

Das agências internacionais

Na Itália

20/12/2012 10h07

Felipe Massa está garantido na Ferrari para 2013 e tem respaldo do presidente da escuderia, Luca di Montezemolo. Em um balanço sobre a temporada de 2012, o dirigente elogiou a evolução do brasileiro e garantiu que a Ferrari continuará fazendo jogo de equipe, como no GP do Brasil em que Massa deixou Alonso ultrapassá-lo e ficar com a segunda colocação. O brasileiro protegeu o companheiro de ultrapassagens de outros pilotos e acabou em terceiro.

"Acertamos ao confirmar Felipe (Massa, para 2013), porque quando você vai mudar um piloto, tem que garantir que o substituto será mais rápido e melhor do que o anterior. E não encontramos nenhum piloto que garantiria isso. Este último semestre vai ajudar o Felipe psicologicamente para a próxima temporada. Também queremos e achamos importante  garantir a parceria na equipe, como fizemos na época de Michael Schumacher", explicou Montezemolo.

Massa não fez um bom início de temporada em 2012, tendo, segundo o dirigente da Ferrari, "desaparecido" nas primeiras corridas. Neste ano, ele teve o pior início de temporada de sua carreira, contando não apenas as campanhas com a Ferrari, como também os três anos em que o brasileiro correu pela Sauber.

Nas três primeiras etapas realizadas no ano, o piloto da Ferrari acumulou um abandono na Austrália e um 15º lugar na Malásia, antes de completar a prova de Xangai novamente fora da zona de pontos, em 13º. O fraco desempenho se manteve até a 13ª corrida da temporada, em Monza, quando o brasileiro voltou a agradar o presidente da Ferrari.

"Felipe desapareceu, não sei onde ele estava até Monza. Aí, graças a Deus, ele voltou a Maranello (cidade italiana que é casa da Ferrari) para ser, novamente, piloto da Ferrari. Fez uma grande segunda metade de temporada e somou pontos importantes. No início do ano, estávamos em quarto no Mundial de construtores, com um só piloto. Já ao final do ano, ficamos em segundo".

No GP do Brasil, a última corrida do ano, Massa ficou em terceiro e chegou a seu segundo pódio no ano. Ele poderia ter sido o segundo colocado, mas, para ajudar o companheiro de equipe Fernando Alonso a tentar o título do mundial de pilotos, deixou que ele o ultrapassasse. Emocionado, ele falou sobre as dificuldades que passou no primeiro semestre e elogiou o desempenho na corrida.

“Acho que a segunda parte do ano foi a preparação para o ano que vem. Acho que a corrida foi realmente fantástica, poderia até ter feito melhor do que a posição em que terminei. Realmente não sei o que dizer, nem sei o que estou sentindo, é incrível”, declarou. 

Os elogios de Montezemolo a Massa estão diretamente relacionados à colaboração do brasileiro para o jogo de equipe da escuderia, muitas vezes questionado. No GP dos EUA deste ano, por exemplo, a Ferrari trocou a caixa de câmbio do carro de Massa para que ele fosse punido em seis posições e, consequentemente, deixasse Alonso em posição mais favorável no Grid de largada. O espanhol passou de sétimo para oitavo colocado.

"Nossos pilotos conduzem para a Ferrari e não para eles. Ponto. Gosto de espírito de equipe. Na construção, na pista e no mercado. Se um piloto pode ganhar o campeonato, o outro deve ajudar. Continuaremos fazendo jogo de equipe, de maneira transparente. Aqueles que criticam fazem o mesmo, mas com menos transparência. Esta é a posição oficial da Ferrari. Ontem, hoje e amanhã. Se gosta, tudo bem. Se não, não me importa, nem a minha empresa, nem a minha equipe", disparou.

A Ferrari é conhecida pelo costume de jogar em equipe, pedindo para parceiros de equipe permitirem a ultrapassagem entre si quando um dos pilotos tem possibilidade de título. Entre 2000 e 2005, o também brasileiro Rubens Barrichello permitiu ultrapassagem de Michael Schumacher em diversas ocasiões por orientação da escuderia para favorecer o alemão.

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