Com polêmicas sobre pneus, campeonato da F-1 fica em segundo plano

Desde o GP da Inglaterra, em Silverstone, no último fim de semana, os pneus da Fórmula 1 se tornaram os grandes protagonistas da categoria. Tentando resolver o problema, Pirelli, responsável por produzir os artigos, equipes, FIA e pilotos só falam sobre o assunto deixando de lado o campeonato e a classificação.

Nesta quinta-feira, a discussão em torno dos pneus ganhou um novo episódio. Durante uma reunião, a Associação de Pilotos de GP anunciou que os pilotos farão um boicote caso as mudanças adotadas pela produtora de pneus não surtam efeito.

A polêmica com a Pirelli começou logo após a última corrida, quando Lewis Hamilton, Felipe Massa, Jean-Éric Vergne e Sergio Pérez tiveram pneus estourados. Os pilotos não pouparam a empresa de duras críticas, o que obrigou a FIA a convocar uma reunião.

No dia seguinte da prova, a entidade autorizou a Pirelli de realizar duas sessões de testes para avaliar os problemas sofridos na corrida.

Depois da permissão, a empresa italiana resolveu se defender das acusações e disse que as equipes eram as responsáveis pelo problema, afinal elas teriam errado na montagem dos pneus. Mesmo assim, a Pirelli garantiu que reforçaria os artigos.

Pouco tempo depois, a empresa voltou atrás ao dizer que em momento algum culpou as escuderias. Paul Hembery, diretor da empresa, disse que estava satisfeito com o apoio que vinha recebendo.

Apesar dessa pressão em cima da empresa italiana, os pilotos mostraram confiança no trabalho que será feito pela Pirelli para a corrida deste fim de semana.

Na última quarta-feira, Lewis Hamilton, um dos prejudicados em Silverstone, disse ter gostado das medidas adotas pela Pirelli, pois demonstrava a vontade da empresa em resolver a questão.

“Eles fizeram algumas mudanças e confiamos que a Pirelli resolverá o problema, pois eles sabem o que estão fazendo. Vamos esperar para ver e espero que a gente não tenha esses problemas novamente”, falou Alonso.

“Acredito que é uma combinação. Não tem um único culpado. Deve haver equilíbrio e nós temos que continuar trabalhando uma equipe no lugar de culpar os outros”, afirmou Esteban Gutiérrez, da Sauber.