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Fórmula 1

Pilotos comparam Mercedes de US$ 30 milhões de Fangio com obra de Picasso

Argentino Fangio ganhou duas corridas com a Mercedes vendida por US$ 29,7 em Goodwood - Reprodução
Argentino Fangio ganhou duas corridas com a Mercedes vendida por US$ 29,7 em Goodwood Imagem: Reprodução

Bruno Freitas

Do UOL, em São Paulo

26/07/2013 06h00

Para quem é aficionado por automobilismo, um carro histórico da Fórmula 1 é como se fosse uma obra clássica de um pintor renomado como Pablo Picasso ou Vincent van Gogh. Esta é a linha de pensamento de que admira as máquinas lendárias da pista, como a Mercedes de 1954, pilotada por Juan Manuel Fangio, vendida recentemente por quase US$ 30 milhões.

O modelo W196R pilotado pelo argentino, pentacampeão mundial de F-1, bateu o recorde de leilões públicos para carros no começo do mês, negociado no Festival de Velocidade de Goodwood. Um comprador que não teve a identidade revelada desembolsou exatamente US$ 29,7 milhões pela Mercedes, que venceu dois Grand Prix na década de 50.

A Mercedes dirigida por Fangio superou a cifra paga em 2011 por um protótipo da Ferrari Testa Rossa de 1957, adquirido por US$ 16,4 milhões.

"Quem puder ter esse dinheiro e comprar um carro como esse, sem dúvida é uma obra de arte. A pessoa tem que entender, que olha com espanto, para o cara é a mesma coisa do que comprar uma obra de arte, sei lá, do Picasso. Comprar uma coisa de extremo valor e botar na parede de casa. Um põe na parede de casa e outro põe na garagem. É para admirar de vez em quando do mesmo jeito", comenta Cacá Bueno, pentacampeão da Stock Car.

Para os pilotos, a aquisição de um carro desta importância pode ser entendida como um investimento de qualquer outra natureza, visando valorização e lucro.

"Pessoal que coleciona carro histórico, a tendência de pagar bastante porque esses carros tendem a valorizar mais. É como se fosse um investimento. Conheço muita gente na Europa que tem a cultura de comprar carros antigos, Mercedes de rua mesmo. Compra por 20 mil para vender por 30 mil, como se fosse um investimento imobiliário", diz Bruno Senna, brasileiro da categoria GTE pro Endurance.

"É um clássico da Fórmula 1, que vai ficar sempre na história. Cada ano que passa, é como uma obra de arte, vai valer mais", endossa o bicampeão mundial de F-1 Emerson Fittipaldi, a respeito da Mercedes de 1954.

No vídeo abaixo, Cacá Bueno, Bruno Senna e Emerson Fittipaldi falam de carros dos sonhos, com menções ao Aston Martin pilotado em filme do agente 007 e para a histórica Toleman de Ayrton Senna. 

PILOTOS FALAM SOBRE CARRÕES VENERADOS NO MUNDO DA VELOCIDADE

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