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Fórmula 1

Eike e agente influente viram trunfos de promessa nacional para Fórmula 1

Bruno Thadeu

Do UOL, em São Paulo

05/09/2013 06h00

Felipe Nasr é a maior promessa do automobilismo brasileiro. O piloto de 21 anos tem feito temporadas consistentes na Europa e pode coroar sua trajetória na base com o título da GP2. Mas apenas bons resultados não são suficientes para ingressar na Fórmula 1. Patrocinadores e bons contatos são imprescindíveis. E Nasr está bem amparado nestes quesitos.

Cotado a assumir o cockpit da Toro Rosso em 2014, o piloto tem como aliados neste projeto rumo à Fórmula 1 o milionário Eike Batista e o agente renomado Steve Robertson, que tem também tem como cliente Kimi Raikkonen, da Lotus.

Eike é um dos patrocinadores de Felipe Nasr. O projeto com bilionário carioca foi desenvolvido mirando a chegada à principal categoria do automobilismo. O carro de Felipe Nasr na GP2 apresenta a logomarca da OGX, braço do grupo EBX, de Eike, no setor de exploração e produção de petróleo e de gás.

“Eu tive muito pouco contato com ele [Eike]. Nos falamos pouco. Eu não vejo esse apoio do Eike como uma responsabilidade a mais, mas sim como uma motivação por tudo o que venho fazendo no automobilismo”, declarou Nasr, campeão da Fórmula 3 Inglesa em 2011 e na 2ª colocação na GP2, principal categoria pré-Fórmula 1.

O acordo com a empresa de Eike é válido até o fim da temporada e, segundo a assessoria de comunicação da empresa, ainda não houve conversas para analisar renovação do vínculo com o piloto. 

A petroleira enfrenta forte crise financeira. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu um processo administrativo contra o empresário Eike Batista e cinco diretores da OGX. A CVM apura as responsabilidades de todos os executivos por infrações à Lei das S.A., empresas de capital aberto, segundo o jornal "Valor Econômico".

Além de Eike, Nasr conta com os patrocínios do Banco do Brasil e Sky. O brasiliense de 21 anos ocupa a vice-liderança da GP2, categoria que já revelou Lewis Hamilton, Nico Rosberg, entre outros. São cinco pontos atrás do líder. Restam três provas para o fim da GP2.

Fittipaldi celebra ajuda do mais rico do mundo para ver neto na F-1

  • Karime Xavier/Folhapress

    O magnata mexicano Carlos Slim tem uma fortuna estimada em US$ 73 bilhões e recentemente ajudou a levar os compatriotas Sergio Pérez e Esteban Gutiérrez até a Fórmula 1. Aficionado por automobilismo, o homem mais rico do mundo financia desde março o projeto para levar de volta o sobrenome Fittipaldi à categoria, com o apoio ao jovem Pietro, neto do ídolo Emerson. Leia a matéria completa

Enquanto Nasr direciona as atenções à briga pelo título na categoria, o agente Steve Robertson intensifica os contatos com as escuderias da Fórmula 1.

“Esse assunto [Fórmula 1] eu deixo para o meu agente cuidar. Ele está sempre em contato com as equipes. Isso é importante. Estou no bolo pela disputa do título e isso é o que estou pensando agora. Se aparecer uma oportunidade na Fórmula 1, vou tentar agarrar. Mas o principal é fazer meu trabalho bem feito”, discursa.

Título na GP2?

Nasr tem se destacado na administração do carro. Entre todos os 29 participantes da GP2, o brasileiro é o que apresenta a maior regularidade (não pontuou em apenas uma prova). São cinco pontos de diferença para o líder, restando três provas. O piloto vive na Europa desde 2009.

“Minha família vive nesse meio há mais de 30 anos [seu pai, Samir Nasr, e o tio, Amir Nasr, têm longa carreira no automobilismo nacional] . Eu cresci nas pistas. Gostava de frequentar os boxes e provas em Brasília. Mas as coisas ficaram mais sérias quando andei pela 1ª vez de kart. Desde então venho participando de competições na Europa pensando em alcançar meu objetivo, que é chegar à Fórmula 1”.

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