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Fórmula 1

Chefão da F-1 diz que novo regulamento deve acabar com domínio de Vettel

Do UOL, em São Paulo

25/09/2013 13h10

Sete vitórias em 13 corridas, 60 pontos de vantagem em relação ao segundo colocado no Mundial de Fórmula 1. O piloto alemão Sebastian Vettel caminha a passos largos rumo ao quarto título de sua carreira exercendo um domínio absoluto sobre os rivais. Esse cenário, no entanto, pode estar com os dias contados.

Para o chefe da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, as mudanças no regulamento para a próxima temporada devem acabar com a supremacia de Vettel e sua equipe, a Red Bull, sobre os demais competidores. Em entrevista ao jornal alemão Bild, o dirigente disse que todas as escuderias terão que começar “tudo do zero” em 2014.

“O domínio dele está para acabar, talvez em 2014. Nós vamos ter carros novos, novos motores, novas regras. Esta é a chance de Ferrari e Mercedes os alcançarem. O ano que vem não será necessariamente o melhor piloto que será campeão, mas o melhor carro”, afirmou Ecclestone.

Mudanças de regulamento têm histórico de reviravoltas na Fórmula 1 quando uma equipe exerce grande domínio sobre as demais. A Williams, que faturou os Mundiais de 1992 e 1993 com Nigel Mansell e Alain Prost, deixava as rivais “comendo poeira” até uma revolução no regulamento da temporada seguinte, que proibiu uma série de recursos eletrônicos, como a suspensão ativa e o controle de tração.

O resultado foi uma sucessão de problemas na equipe britânica, que ainda sofreu com a morte de Ayrton Senna no GP de San Marino, justamente em meio às críticas sobre a proibição dos componentes que dariam mais segurança aos carros. Além disso, a Williams não conseguiu conquistar o título de pilotos mais uma vez, vendo Michael Schumacher faturar a primeira taça para a Benetton.


Em 2005, depois de cinco temporadas de domínio total e absoluto da Ferrari com Schumacher, a FIA alterou o regulamento, que passou a prever o uso de motores por duas corridas, a obrigação de utilização de um mesmo jogo de pneus para os treinos classificatórios e as provas, além de mudanças no peso e medidas dos carros. A Ferrari ficou para trás e viu a Renault, comandada por Flávio Briatore e liderada nas pistas pelo espanhol Fernando Alonso, conquistar o título.

Em 2009, a FIA fez novas mudanças no regulamento, que mudaram drasticamente a aparência, pacote aerodinâmico e especificações dos carros. Todas as equipes tiveram que começar seus projetos praticamente do zero. Esse cenário proporcionou uma das maiores surpresas do automobilismo, com o surgimento da Brawn GP, equipe criada a partir do espólio da Honda, que abandonou a categoria por causa da crise mundial.

Com o uso de um polêmico difusor duplo, criado pela equipe de Ross Brawn com uma brecha no regulamento, o time de Jenson Button e Rubens Barrichello dominou o campeonato e garantiu os títulos de construtores e do mundial de pilotos, com Button.

 

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