Ross Brawn está fora da Mercedes e pode chefiar equipe de Massa
A Mercedes anunciou nesta quinta-feira a saída do chefe de equipe, Ross Brawn, após quatro temporadas na equipe alemã. Paddy Lowe vai assumir o cargo de Brawn na escuderia, que tomou da Ferrari o vice-campeonato mundial de construtores nas últimas corridas da temporada de 2013. Entre os possíveis destinos do agora ex-comandante da Mercedes está a Williams, que contará em 2014 com o brasileiro Felipe Massa.
“O mais importante na minha decisão de deixar o cargo era garantir que seria no momento certo para a equipe, a fim de garantir seu futuro sucesso”, disse Brawn no comunicado da saída.
Brawn, após sua saída da Ferrari, em 2006, e um período sabático, em 2007, assumiu a chefia da equipe Honda, antiga BAR, onde voltou a trabalhar com Rubens Barrichello. Após uma temporada ruim em 2008, a montadora japonesa sentiu os efeitos da crise econômica mundial e se retirou da Fórmula 1. O diretor resolveu comprar o espólio da equipe e montou a Brawn GP na temporada seguinte.
Os maus resultados da Honda lembram a fase vivida atualmente pela Williams, que não conquista um título mundial desde 1997. A Brawn GP se aproveitou de uma situação de mudança no regulamento da Fórmula 1 para surpreender as então favoritas Ferrari e McLaren e levar os títulos de pilotos, com Jenson Button, e de construtores. Em comum com o time de Felipe Massa no ano que vem, a Brawn GP também utilizava motores Mercedes. No ano seguinte, foi vendida à montadora alemã, dando origem à atual equipe comandada por Brawn até esta temporada.
De acordo com a Sky Sports, Ross Brawn aparece com boas chances de assumir as duas outras equipes mais tradicionais em atividade na Fórmula 1. Enquanto rumores na Inglaterra apontam a McLaren como provável escolha do engenheiro, a mídia italiana também sonda a possibilidade de um retorno à Ferrari.
Na escuderia de Maranello, Brawn conquistou os títulos de construtores de 2000 a 2004 e chefiou a fase mais marcante da carreira de Michael Schumacher, com quem também faturou os títulos de 1994 e 1995 como diretor-técnico da Benetton chefiada por Flavio Briatore.
O trunfo da McLaren seria o projeto em longo prazo, voltado para o desenvolvimento do carro que será utilizado na temporada de 2015. Depois de 20 temporadas com motores Mercedes, a equipe britânica vai voltar a formar parceria com a Honda, consagrada com quatro títulos mundiais entre 1988 e 1991, três com Ayrton Senna e um com Alain Prost.
Após o comunicado da saída de Brawn da Mercedes, o piloto alemão Nico Rosberg se pronunciou no Twitter sobre o fim da parceria com o chefe da equipe. “Foi uma grande experiência trabalhar com o Ross [Brawn]. Ele é um grande líder e nós dividimos momentos especiais como minha primeira vitória e também uma vitória em Mônaco”, disse o piloto.
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