Ex-chefe de Schumacher e Barrichello, Ross Brawn anuncia aposentadoria
O engenheiro automobilístico Ross Brawn, de 59 anos, anunciou neste sábado em entrevista ao jornal inglês The Telegraphy sua aposentadoria da Fórmula 1. Brawn ficou marcado por anos de trabalhos vitoriosos em equipes como Williams, Benetton, Ferrari e a escuderia própria criada por ele em 2009, a Brawn GP.
A decisão de anunciar a retirada do automobilismo foi motivada pelos rumores de uma possível ida à McLaren em 2015, quando a equipe voltará a contar com motores da Honda. “Estou me aposentando, isso é não um boato”, afirmou Brawn. “Vou tirar um ano para pescar e depois verei o que a vida me traz. Estou ansioso, mas não tenho outros planos”, completou.
Determinado a descansar praticando a pescaria, Brawn participou neste sábado do cerimonial de abertura de um evento de pesca na Inglaterra e já projeta como vai passar os próximos meses sem os compromissos com a Fórmula 1. “Fevereiro, Março e Abril nunca foram meses bons para eu pescar, mas esse ano vai ser diferente estando parado”, afirmou o ex-diretor de equipes.
Brawn participou dos sete títulos mundiais conquistados pelo alemão Michael Schumacher na Fórmula 1, os dois primeiros como diretor-técnico da Benetton, e os outros cinco na Ferrari. Trabalhou entre 2000 e 2005 com Rubens Barrichello na escuderia italiana. Esteve ainda com Felipe Massa, na mesma equipe, em 2006, antes de voltar a trabalhar com Barrichello na Honda.
Em 2009, no rastro da crise econômica mundial que causou uma fuga de investimentos na Fórmula 1, a Honda anunciou o fim de sua equipe própria, que já tinha projeto para o campeonato com novo regulamento comandado por Ross Brawn. O chefe de equipe decidiu adquirir o espólio da escuderia japonesa, montou um acordo com a Mercedes para fornecimento de motores e criou a Brawn GP.
Em apenas um ano, Brawn conseguiu fazer história com a equipe própria. Com o inglês Jenson Button e Rubens Barrichello, a escuderia surpreendeu e dominou o campeonato logo na primeira metade, fazendo com que Button abrisse vantagem suficiente para ser administrada após o crescimento da Red Bull na reta final da temporada. Foi um caso histórico de equipe que não apenas venceu a primeira corrida de sua história, como ainda saiu como campeã de pilotos e construtores no ano de estreia.
Após o título de 2009, Brawn vendeu a equipe para a Mercedes, que voltou a ter um time próprio na Fórmula após mais de 50 anos, mantendo o chefe no comando da escuderia. Brawn teve a oportunidade de voltar a trabalhar com o alemão Michael Schumacher. A Mercedes não conquistou grandes resultados com a reedição da dupla, mas o público mais saudosista pôde ver de novo Schumi e Brawn juntos no paddock, como nos tempos de Ferrari.
Brawn anunciou sua saída da Mercedes no fim do ano passado e, além da McLaren, chegou a ser cogitado também como possível novo chefe de equipe da Williams na próxima temporada.
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