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F1 chega à Malásia com polêmica sobre som dos motores. E o desempenho?

Do UOL, em São Paulo

27/03/2014 18h13

O primeiro dia de eventos oficiais do GP da Malásia, na pista de Sepang, foi marcado pela polêmica do novo som dos motores, após a mudança do antigo V8 para o V6 turbo, auxiliado por sistemas de recuperação de energia. As críticas de Sebastian Vettel sobre o ruído contrariaram a opinião de outros pilotos, como Jenson Button e Felipe Massa.

A análise sobre os possíveis favoritos para o segundo GP do ano, dessa forma, ficou um tanto ofuscada. Mas a Mercedes, dominante na primeira etapa, na Austrália, chega a Sepang com esse mesmo status.

“Sim, há chances boas de andarmos na frente porque parece que temos um pouco de vantagem sobre os outros. Acho que estamos bem”, resumiu Nico Rosberg, vencedor na Austrália. “Mas precisamos tomar cuidado porque os adversários não estão dormindo; estão trabalhando como loucos.”

Já Lewis Hamilton, pole em Melbourne e que abandonou a corrida com problemas no motor, luta para superar o companheiro e não deixá-lo sair na frente na briga interna da Mercedes. Ele começará o fim de semana com o mesmo motor da Austrália – os pilotos podem usar, no máximo, cinco propulsores no ano inteiro.

“Eu realmente não sei quão grande a vantagem da Mercedes vai ser. Tenho certeza que as outras equipes terão melhorias e, por isso, a disputa vai ficar mais próxima. Todo mundo está acelerando e se esforçando”, disse o inglês. “A confiabilidade vai ser colocada à prova neste fim de semana. Aqui é muito quente, o motor vai estar no limite absoluto.”

Desafiantes

A Williams se mostrou rápida na Austrália, onde viu uma grande performance do finlandês Valtteri Bottas, que realizou várias ultrapassagens e terminou em quinto mesmo após ter tocado seu carro no muro no início da prova. “Não há nenhuma razão para não ser forte como na Austrália. Esperamos lutar por bons pontos e até mesmo um pódio”, disse o finlandês.

Já Felipe Massa, atingido na primeira curva de Melbourne pela Caterham de Kamui Kobayashi, luta contra seu próprio retrospecto ruim em Sepang – em 11 corridas, conquistou como melhor resultado a quinta posição, quatro vezes. “Precisamos de mais downforce na traseira e estamos trabalhando para melhorar”, disse o brasileiro, citado pela ESPN.

“Temos mais ou menos o mesmo carro da Austrália, então precisamos saber como ele vai se comportar aqui, que é uma pista diferente. Espero que seja competitivo. Ainda há áreas para melhorar, e acredito que o carro vai evoluir quando consertarmos tudo isso”, concluiu o brasileiro.

A Red Bull, por sua vez, ainda tenta reverter a desclassificação de Daniel Ricciardo na Austrália – ele havia terminado a prova na segunda posição. O julgamento do recurso será em abril. Para a Malásia, a esperança de Ricciardo é voltar ao pódio, e desta vez permanecer com os pontos após a corrida.

“A Mercedes ainda está um pouco à frente, mas estamos no segundo grupo, que luta para chegar perto deles. Ouvi boas notícias da fábrica e espero que a Renault consiga colocar alguns cavalos a mais nos nossos carros para ficarmos mais fortes nas retas”, completou.

Sebastian Vettel, outro que abandonou a prova da Austrália, disse ter ficado “aliviado” pelo carro se mostrar rápido. “Agora precisamos fazê-lo ficar confiável. Tudo é possível aqui. Não reclamaria de chuva; o Daniel provou que o carro é rápido em pista molhada”, afirmou o tetracampeão à ESPN.

Na Ferrari, Kimi Raikkonen disse que a equipe está “mais ou menos” como na Austrália, onde o finlandês terminou em sétimo, três posições atrás de Fernando Alonso. O espanhol afirmou ao jornal La Gazzetta dello Sport que acredita que a escuderia pode lutar pelo título. “Queremos mudar essa situação e a Malásia é a primeira oportunidade.”

Depois de ver seus dois pilotos terminarem na segunda e terceira posição em Melbourne, a McLaren espera subir um degrau e ameaçar a Mercedes.

“Em termos de ritmo, ainda não estamos lá; a Mercedes está na frente de todos. Mas podemos esperar problemas de confiabilidade por causa do forte calor. Lutaremos pelo pódio, e nunca se sabe o que esperar da Mercedes – eles podem ter problemas com durabilidade”, comentou Jenson Button à Sky Sports.

Para o dinamarquês Kevin Magnussen, que estreou na F1 já subindo no pódio, com o segundo lugar na Austrália, a meta da McLaren é vencer corridas. “O pódio nunca foi um objetivo. Foi legal, e fantástico para mim no meu primeiro GP, mas só ficaremos felizes quando vencermos”, declarou.

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