Topo

Fórmula 1

F1 decide nesta sexta se carros vão voltar a ter barulho de verdade

Livio Oricchio

Do UOL, em Sakhir (Bahrein)

03/04/2014 18h07

O polêmico -e baixo- ruído provocado pelos novos motores turbos será um dos temas do encontro entre Bernie Ecclestone, chefão da Fórmula 1, Jean Todt, presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), e representantes das equipes nesta sexta-feira, no circuito de Sakhir, no Bahrein.

"É tudo muito complicado para o torcedor. E não ter ruído reduz a intensidade do show. O barulho é um elemento importante", afirmou Ecclestone, ainda no Japão, no ano passado, depois de ouvir o som dos V-6 turbo pela primeira vez.

Apesar das reclamações por parte de pilotos e torcedores, é pouco provável que uma mudança aconteça na atual temporada.  Técnicos da Mercedes e Renault, por exemplo, já adiantaram não ser possível fazer nada sem rever o projeto, o que não é permitido pelo próprio regulamento, que obriga a homologação do motor e quase não alterá-lo até o fim do campeonato.

O ruído reduzido e não compatível com um carro capaz de responder com 750 cavalos de potência não representa um prejuízo para a Fórmula 1 na visão de Felipe Massa, da Williams. "As pessoas vão se acostumar, como tantas outras mudanças que tivemos na Fórmula 1 e no princípio geraram queixa." 

Já Niki Lauda, campeão do mundo em 1975, 1977 e 1984, lembrou que essa tecnologia dos carros híbridos ganha importância a cada ano na indústria automobilística. "Não faz sentido contestar a opção da Fórmula 1. Ela tem de ser a vanguarda da tecnologia que os veículos de série adotam ou venham a assimilá-la."

Outro ponto do regulamento que será debatido na reunião desta sexta diz respeito à eliminação do componente que limita o consumo de combustível a 100 litros por hora. Foi baseado nesse item que o australiano Daniel Ricciardo, da Red Bull, foi desclassificado da corrida de estreia da temporada, o GP da Austrália. 
 
Para a imprensa italiana, Luca di Montezemolo comentou que as regras têm de ser mais claras para quem segue a competição. Por isso irá propor reduzir a extensão das corridas em 10% e que cada piloto tenha 100 litros de combustível para a prova, sem mais a peça que controla o consumo e deixa muita gente sem entender o que se passa. Essa é a ideia também do tetracampeão do mundo, Sebastian Vettel, da Red Bull.
 
O UOL Esporte ouviu alguns pilotos nesta quinta-feira no circuito de Sakhir a respeito do que se deseja mudar na Fórmula 1 com o campeonato em andamento. "Ainda é cedo para queremos mudar algo. Foram apenas duas corridas", disse Fernando Alonso, da Ferrari. "É verdade que os carros estão mais lentos e que, com mais gasolina, seríamos mais rápidos, mas precisamos esperar mais um tempo para entender melhor como é essa Fórmula 1."

O seu companheiro de Ferrari, Kimi Raikkonen, como de hábito, não demonstrou o menor interesse pelo tema. "Não sou eu que faço as regras. Minha obrigação é entendê-las e responder da melhor maneira possível."

$escape.getHash()uolbr_quizEmbed('http://esporte.uol.com.br/quiz/2014/03/14/qual-piloto-de-f1-voce-seria-responda-ao-quiz-e-veja-com-quem-se-parece.htm')

Fórmula 1