Novas regras de motores impediram saída da Mercedes da F1
A mudança das regras dos motores da Fórmula 1 este ano impediu a saída da Mercedes da categoria, revelou o site da revista Autosport nesta quarta-feira. De acordo com a publicação, um executivo da equipe alemã disse que a Mercedes não permaneceria se os motores V8 continuassem a ser utilizados. Nesta temporada, eles foram trocados pelos V6 turbo.
Thomas Weber, membro do conselho de gestão da Daimler e chefe de Pesquisa e Desenvolvimento, confirmou que havia um ponto de interrogação sobre o futuro da Mercedes na F1 com o antigo regulamento.
A saída poderia não ser imediata se a equipe, que viu a Red Bull dominar os últimos quatro anos, começasse a vencer, mas Weber ponderou que, assim que o sucesso acabasse, não haveria razão para a equipe alemã continuar funcionando.
“Nós somos responsáveis por aquilo que estamos fazendo. Ficar só porque ganhamos corridas não é um bom argumento. O único argumento, então, poderia ser o marketing. Mas fazer automobilismo não é só marketing, para mim essa discussão é muito curta”, disse Weber.
De acordo com a Autosport, a francesa Renault também teria deixado a Fórmula 1 caso o regulamento não tivesse sido mudado. A montadora fornece os motores de Red Bull, atual tetracampeã mundial, Toro Rosso, Caterham e Lotus. A Mercedes equipa os carros da equipe própria, da McLaren, Williams e Force India.
Outro ponto ligado também ao início da era dos V6 turbo este ano é o retorno da Honda, programado para 2015 na McLaren. A reportagem da Autosport disse que a montadora japonesa não voltaria para a Fórmula 1, que deixou em 2008 em meio à crise mundial, se o regulamento antigo tivesse permanecido.
Ordens de equipe seriam “terríveis”, diz Mercedes
Depois de ver seus pilotos protagonizarem duelos incríveis pela liderança no GP do Bahrein, disputado no último domingo, a Mercedes enfatizou que não vai emitir ordens de equipe para controlar as posições durante as corridas. Lewis Hamilton e Nico Rosberg brigam praticamente sozinhos pelas vitórias, diante do domínio da equipe alemã neste início de temporada.
“Imagine se nós tivéssemos imposto ordens de equipe a partir da segunda volta, que terrível seria para a Fórmula 1 e para a filosofia de automobilismo da Mercedes”, disse o diretor-executivo da equipe, Paddy Lowe.
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