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Com carro acima do peso, Sutil ficou dois dias sem comer para emagrecer

Mohammed Al-Shaikh/AFP Photo
Imagem: Mohammed Al-Shaikh/AFP Photo

Do UOL, em São Paulo

08/05/2014 15h28

No desespero de conseguir baixar seu peso, Adrian Sutil revelou nesta quinta-feira em Barcelona que chegou ao extremo de ficar dois sem comer.    

A questão não é nova na Fórmula 1, mas com a adoção da nova unidade de potência (com turbo e sistemas de recuperação de energia), mais pesada que o antigo motor, os pilotos estão enfrentando ainda mais problemas em 2014, mesmo que o peso mínimo dos carros tenha sido elevado de 642kg para 691kg.
 
No caso de Sutil, o problema tem sido maior ainda porque o modelo C33 da Sauber nesta temporada é mais pesado que a maioria dos outros carros e a equipe enfrentou dificuldades por causa disso nas primerias etapas do campeonato. Além disso, o biotipo do alemão também não ajuda, já que ele é um piloto alto, com 1,84 metro e cerca de 75Kg. 
 
“Claro que vamos ao limite e também fui ao meu limite. Tentei não comer por dois dias e ver qual era a reação. Tentei muito perder peso, mas se você já está leve para sua altura, você pode perder músculos e se você perde músculos, você perde força. Tem um ponto que você não pode passar. Eu ainda acredito que estamos em uma zona segura, mas não devemos passar disso”, declarou o piloto de 31 anos. 
 
“Eu fiz isso porque queria ver e chegar ao limite para ter certeza que fiz o meu máximo. Não quero sentar no carro e dizer que poderia fazer mais. Gosto de estar no limite. Foi uma decisão minha e isso é o que importa”, continuou. 
 
Além da alimentação, o alemão disse que também teve que readequar sua preparação física para controlar o peso. “Meu programa de treino mudou, pois, antes de tudo, você precisa perder músculos, então, posso correr, mas não posso andar de bicicleta, pois isso aumenta os músculos e os deixa mais pesados”, explicou. 
 
Para o GP da Espanha deste final de semana, a Sauber promoteu levar um chassi feito com materiais mais leves, o que deve atenuar a deficiência de seu atual modelo, o deixando mais próximo do peso limite previsto no regulamento. Mesmo assim, a questão continuará sendo um problema. 
 
“Acho que é um bom avanço em todas as áreas. O peso, a aerodinâmica e também o motor melhoraram. Então, o tempo que tivemos nas corridas foram bem utilizados. São todos números teóricos, mas acredito nisso e especialmente amanhã teremos um dia importante para testar tudo e termos certeza de que está funcionando bem”, disse. 
 

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