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Fórmula 1

Ecclestone considera aposentadoria e cogita Lauda para seu lugar

Do UOL, em São Paulo

23/05/2014 15h19

Bernie Ecclestone pode deixar a Fórmula 1 mesmo que seja absolvido do caso em que é acusado na Alemanha de suborno para controlar a venda dos direitos comerciais da categoria. 

Em Mônaco, o inglês de 83 anos, chefe da empresa que gerencia comercialmente o Mundial, declarou que não se importaria mais em deixar seu atual cargo se a CVC, principal acionista da Fórmula 1, resolver eleger outra pessoa para fazer o trabalho. 
 
“Se me apresentarem um sucessor, eu saio amanhã”, declarou Ecclestone, segundo a revista alemã Auto Motor und Sport. 
 
A própria publicação afirma que que Flavio Briatore, ex-chefe de equipe de Benetton e Renault, Christian Horner, que atualmente comanda a Red Bull, e até mesmo Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari, são os mais cotados para o cargo. Mas Ecclestone resolveu acrescentar mais um nome às especulações: “Ouvi dizer que pode ser o Lauda”, declarou. O austríaco tem hoje uma posição não executiva no conselho da Mercedes. 
 
A situação do dirigente no julgamento em Munique parecia ser bastante complicada no começo. Se ele for considerado culpado, pode pegar até 10 anos de prisão. Só que a principal testemunha de acusação, Gerhard Gribkowsky, justamente quem recebeu o dinheiro de Ecclestone, não tem se mostrado confiável em suas declarações e, de acordo com a Auto Motor und Sport, já deu diversas versões para o caso e se contradisse algumas vezes, deixando o chefe da Fórmula 1 em uma posição mais confortável. 
 
Mesmo assim, até o momento, Ecclestone nunca tinha dado nenhuma indicação de que poderia deixar a categoria no caso de uma absolvição. A decisão pode ser uma consequência do enfraquecimento de sua saúde (ele chegou a perder um dia de seu julgamento por causa de um resfriado na semana passada) ou apenas uma forma de pressão sobre os atuais acionistas para mostrar seu valor, em um momento em que a categoria vive um dilema sobre a negociação com as equipes sobre divisão de lucros e corte de custos. 
 

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