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Fórmula 1

Prost lembra rivalidade com Senna para alertar a Mercedes sobre sua dupla

Do UOL, em São Paulo

23/05/2014 12h31

Com a experiência de quem viveu uma das maiores rivalidades da história da Fórmula 1 dentro de uma mesma equipe, Alain Prost afirmou que, mesmo sendo amigos de longa data, existe uma tendência para que a parceria entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg, companheiros de Mercedes que estão em uma disputa direta pelo título de 2014, acabe se tornando uma guerra. 

O francês, que foi companheiro de Senna em 1988 e 89 na McLaren, temporadas em que cada um ganhou um título, explicou que no começo tudo caminha bem, mas que, com o crescimento da tensão na pista, qualquer rusga se transforma em uma grande crise. Por isso, a equipe alemã deve ter muita dificuldade para conseguir administrar a situação ao longo do campeonato. 
 
“Em 1988, com Ayrton, tínhamos uma boa relação e nenhum problema. É possível, mas isso depende de como funciona. Se você tem um pequeno detalhe, um pequeno problema, especialmente dentro da equipe ou vindo um pouco de fora, então, os problemas começam rapidamente. É muito raro que você continue amigo até o fim, principalmente se você entra em uma disputa muito dura”, disse o tetracampeão, segundo o site da revista Autosport. 
 
Hamilton e Rosberg se conhecem desde os tempos do kart, quando chegaram a competir juntos. Quando estavam em equipes diferentes, em vários momentos ficou nítida a amizade dos dois, com celebrações no pódio. Na primeira temporada que fizeram juntos na Mercedes, em 2013, fora da briga pelo título, em nenhum momento eles enfrentaram problemas de relacionamento. 
 
Só que em 2014, com o desempenho bastante destacado do modelo W05 em relação às outras equipes, o que deixa os dois praticamente isolados em um duelo pelo campeonato, as disputas já estão começando a ser mais apertadas, com embates diretos na pista. 
 
Prost lembrou que no caso dele com Senna, a relação se tornou explosiva na segunda temporada em que correram juntos, quando o brasileiro desrespeitou um acordo interno de não atacar na primeira volta, prevenindo acidentes, no GP de San Marino, em Ímola. Por isso tudo, ele acredita que os dirigentes da Mercedes tentarão monitorar a evolução da situação de forma bastante próxima, para evitarem possíveis focos de problemas assim que eles surgirem.
 
“Começou apenas quando tínhamos aquele acordo em Ímola, e o acordo foi ignorado. Começou naquele momento. Pode ser um pequeno detalhe. Então, pode acontecer esse ano. Mas a situação é diferente, pois é a Mercedes e já se passaram 20 anos. Eles estão cientes disso”, concluiu. 
 

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