Após polêmica, dirigente diz que conter Hamilton e Rosberg não é problema
Toto Wolf, diretor da Mercedes, procurou diminuir o impacto do comportamento no mínimo controverso de seu piloto, Nico Rosberg, na classificação do GP de Mônaco, hoje. Os comissários estão investigando se Rosberg agiu deliberadamente ao "errar" na curva 5. Com a bandeira amarela exposta pelos comissários no local, seu companheiro, Lewis Hamilton, não pôde melhorar seu tempo. Se não houver mudança, ele larga na pole do GP de Mônaco e Hamilton em segundo.
Matteo Bonciani, chefe de imprensa da FIA, entrou na sala de imprensa depois da classificação e anunciou a investigação. Wolf a desmentiu. "Não há controvérsia. Nico viu que Lewis podia superá-lo, exigiu demais e errou. Só isso." Instantes depois, de novo a FIA se manifestou com seu assessor: "A direção da Mercedes foi chamada para prestar esclarecimentos".
Os ingleses disseram a Wolf que Hamilton lhes afirmou que Rosberg fez de propósito. "Ele disse isso a vocês?", perguntou Wolf. Nossa reportagem estava presente. "Eu não acredito que na F1 de hoje alguém possa fazer isso. Vocês (jornalistas) gostam desses assuntos controversos. Não temos problemas com nossos pilotos, não temos dificuldades em administrar sua relação", afirmou Wolf.
O UOL Esporte lembrou ao diretor da Mercedes que pela primeira vez os dois demonstraram estar em pé de guerra na entrevista coletiva. E depois de Hamilton afirmar que foi prejudicado pelo que o companheiro fez, com esse objetivo, a relação entre ambos, até ontem respeitosa, pode mudar de rumo agora. "Vamos continuar sem ter problemas para manter nossos pilotos sob controle, garanto."
A FIA, através de seu assessor, ratificou a informação inicial: "A direção da Mercedes foi chamada para prestar esclarecimentos sobre o ocorrido". Nesses casos os comissários solicitam os dados de telemetria. Verificam em que ponto Rosberg freou na volta anterior, como trabalhou o volante do carro e depois na volta em que errou. Vão ouvir o piloto também.
Em resumo: o grid do GP de Mônaco pode sofrer alteração. Por enquanto, Rosberg é o pole position, Hamilton, segundo. O resultado da investigação tem importância até na definição da liderança do Mundial. Hoje Hamilton está na frente, com 100 pontos, e Rosberg, em segundo, 97. A eventual pole de Rosberg aumenta as chances de vencer o GP de Mônaco. E mesmo com Hamilton em segundo o alemão volta à liderança do campeonato.
A última vez que um piloto provocou algo semelhante foi Michael Schumacher, da Ferrari, em 2006, também em Mônaco. Os comissários descobriram a falcatrua do alemão na classificação e o fizeram largar em último. Acabou em quinto.
Por enquanto, Daniel Ricciardo, é o terceiro, Sebastian Vettel, quarto, ambos da Red Bull, Fernando Alonso, quinto, e Kimi Raikkonen, sexto, os dois da Ferrari. Felipe Massa, da Williams, atingido pelo sueco Marcus Ericsson, da Caterham, no Q3, começa a corrida em 16.º.
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