Consultor da RBR valoriza Vettel e diz que Newey está perto de renovação
Um integrante da equipe Red Bull, em especial, estava feliz depois da sessão que definiu o grid do GP do Canadá, neste sábado, em Montreal: o consultor com poder de diretor Helmut Marko, ex-piloto da F1, hoje com 71 anos. E o motivo foi a terceira colocação de Sebastian Vettel, piloto da sua equipe.
"Você viu a volta que ele fez?" perguntou Marko ao repórter do UOL Esporte, nessa conversa exclusiva. O alemão, tetracampeão do mundo, estabeleceu a marca de 1min15s548, "o melhor dos normais", como o próprio piloto definiu. Sua marca foi 41 milésimos melhor que a do companheiro, Daniel Ricciardo, sexto.
"As diferenças de tempo foram impensavelmente pequenas e Sebastian pilotou com perfeição, é o mesmo piloto de antes, precisa apenas de não ter tanto azar como tem lhe ocorrido", disse, Marko, sem esconder a satisfação.
Na disputa entre Vettel e Ricciardo pela melhor colocação no grid, este ano, depois da sessão de classificação de hoje ficou 4 a 3 em favor do australiano. Em corrida, Riccardo somou 54 pontos, quarto no Mundial, diante de 45 de Vettel, sexto.
"Tudo acontece com Vettel, em Melbourne e Monte Carlo foi o motor. Já com Ricciardo é ao contrário, conseguiu ter fins de semana seguidos sem dificuldades, exceto o nosso erro no pit stop na Malásia", disse Marko.
Falou mais: "Essa situação, de você trabalhar tanto, como faz Vettel, bem como Ricciardo, para tornar o carro mais competitivo e sempre algo acontecer acabou por atingi-lo emocionalmente. Mas Vettel é forte e nunca desiste."
O consultor da Red Bull deu um exemplo: "Hoje de manhã, depois dos treinos livres, achávamos que Vettel não iria para o Q3 (última parte da classificação) porque não conseguia fazer os pneus funcionarem. Mas Vettel trabalhou sem parar até encontrar a solução e disputou ótima classificação".
Marko gosta de que as pessoas se lembrem de que foi ele quem descobriu Vettel e o apoiou, pagou as elevadas despesas, nas categorias de formação antes de chegar na F1, daí seu carinho com o extraordinário piloto alemão.
Ricciardo foi também sua escolha. "Ele me pareceu ser a melhor opção para nossa equipe pensando não apenas neste ano, mas no futuro, ele é muito jovem (24 anos). E estava ou não certo ao promovê-lo?", pergunta Marko ao repórter. "Desde o primeiro treino ele nos surpreendeu. É veloz, não erra, e mantém dentro do grupo um excelente relacionamento com todos."
Se os pilotos geram tranquilidade a Marko, o assédio ao diretor técnico da Red Bull o incomoda. Adrian Newey é um dos grandes responsáveis pelas conquistas dos quatro títulos de pilotos, com Vettel, e construtores. "Não é uma situação confortável saber que Adrian está sendo tentado com dinheiro por nossos adversários. Mas entendo que isso faz parte do esporte."
E Marko faz uma declaração surpreendente: "Acredito que resolvemos já esse problema, estou muito confiante. Quando tivermos todos os detalhes definidos vamos anunciar".
A impressão gerada é que Dietrich Mateschitz, proprietário da Red Bull, elevou ainda mais o valor do contrato de Newey, estimado em 10 milhões de euros (R$ 34 milhões) por ano e o anúncio da renovação talvez ocorra na corrida de casa da equipe, na Áustria, entre os dias 20 e 22.
Vettel e Ricciardo largam hoje no GP do Canadá com boas chances de lutar pelo pódio com os pilotos da Williams-Mercedes, Valtteri Bottas, quarto no grid, e Felipe Massa, quinto, sem que Fernando Alonso, da Ferrari, sétimo, nunca possa ser esquecido.
A Red Bull disputa com a Ferrari o segundo lugar no Mundial de Construtores. Depois de seis etapas já está em segundo, com 99 pontos, seguida da Ferrari, 78. A líder, muito distante, é a Mercedes, 240.
A largada será às 15 horas, horário de Brasília. A corrida terá 70 voltas no traçado de 4.361 metros. A elevação da temperatura é um fator novo que todos vão enfrentar na prova. O consumo de combustível e a preservação dos freios são desafios grandes para pilotos e técnicos no GP do Canadá.
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