Ferrari e Red Bull desistiram de protesto contra Mercedes no último minuto
A vice-líder do Mundial de Construtores, Red Bull, e a quarta colocada, Ferrari, quase formalizaram um protesto contra a líder Mercedes antes do GP da Alemanha.
As equipes pretendiam questionar o porquê de a Mercedes não ter sido punida após trocar a marca dos discos de freio do carro de Lewis Hamilton entre o treino classificatório e a corrida.
"Discutimos internamente e decidimos não ir adiante", disse o chefe de equipe da Ferrari Marco Mattiacci depois da prova.
Ao mesmo tempo, o chefe da Red Bull, Christian Horner, insistia que a troca havia configurado uma mudança nas especificações do carro, o que não é permitido pelo regulamento da Fórmula 1, embora a Federação Internacional de Automobilismo tenha julgado o contrário.
"Se você trocar um tipo pelo mesmo tipo, é uma coisa. Mas se você mudar por algo que é feito por um fabricante diferente e tem uma característica diferente, como descrito pelo próprio piloto [Hamilton] como algo diferente, então é um precedente interessante", analisou Horner.
É bem possível que a opção por não entrar com o pedido de revisão do caso esteja ligado justamente a este "precedente" aberto, como o próprio Horner deixou nas entrelinhas: "Obviamente, se você pode fazer isso [mudar os discos de freio], então o que mais você pode mudar? Será interessante ver o que significa a justificativa desta permissão".
A troca da marca dos discos de freio do carro de Lewis Hamilton se deu após uma falha que fez com que o piloto rodasse e abandonasse o treino de classificação ainda na primeira parte. A Mercedes aproveitou para trocar também os discos traseiros do companheiro de Hamilton, Nico Rosberg, pole position e vencedor da prova.
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