Topo

Fórmula 1

Dirigente da Williams propõe cockpits cobertos após acidente de Bianchi

Do UOL, em São Paulo

06/10/2014 13h55

O acidente de Jules Bianchi no Grande Prêmio do Japão deste domingo motivou sugestões de mudanças na Fórmula 1 em busca de segurança. Para o engenheiro de performance da Williams, Rob Smedley, a solução para casos como o do francês da Marussia pode ser a adoção de cockpits fechados.

“De um ponto de vista técnico, é algo fácil de implantar. Isto é algo que observamos em muitos encontros de trabalho, e que vai e vem para nós”, disse Smedley em entrevista ao site da revista Autosport. “Se aquilo faria diferença no acidente de Jules, não tenho ideia. Nós não sabemos quão forte é o carro de alguém neste tipo de acidente. É um acidente bizarro”, completou.

Ex-engenheiro de corrida de Felipe Massa na Ferrari, Smedley trabalhou com Jules Bianchi enquanto o francês foi piloto do programa de revelação de talentos da escuderia italiana. Na Marussia desde 2013, Bianchi sofreu um grave acidente no GP do Japão de 2014, quando bateu em um trator parado fora da pista.

A possibilidade de adotar cockpits cobertos na Fórmula 1 já foi discutida anteriormente mediante acidentes em que o crânio do piloto correu riscos. Alexander Wurz (Austrália, 2007), Felipe Massa (Hungria, 2009) e Fernando Alonso (Bélgica, 2012), por exemplo, já passaram por acidentes com ameaças parecidas.

A FIA já fez experiências com coberturas nos cockpits, e Smedley aposta que reabrir o debate não seria tão complicado. “Isso mudaria um pouco a aparência dos carros de Fórmula 1, o que eu acho que é um argumento – eles são monopostos de cockpit aberto”, disse o dirigente, que vai além.

“Isso muda a fórmula um pouco? Acho que, se você comparar os carros de 2014 com os de 1950, quando o Campeonato Mundial começou, eles não se parecem muito. Então, se a estética é um argumento ou não, certamente não é para mim. Talvez para outras pessoas”, completou.

Fórmula 1