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Proteção da FIA poderia evitar traumas como o de Bianchi. Equipes recusaram

FIA propôs santantônio frontal (foto) para os carros, mas equipes vetaram por ser "feio" - Reprodução
FIA propôs santantônio frontal (foto) para os carros, mas equipes vetaram por ser "feio" Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

08/10/2014 09h26

De acordo com o site da revista Autosport, as equipes de Fórmula 1 recusaram em 2013 uma mudança estética no carro que poderia evitar traumas em acidentes como o sofrido por Jules Bianchi no Grande Prêmio do Japão do último domingo.

A alteração seria a implantação de uma espécie de gaiola à frente dos cockpits, semelhante ao santantônio (o arco de metal que fica sobre a cobertura do motor).

A possibilidade de fechar os cockpits vinha sendo proposta pela FIA desde 2012, mas sem ganhar o aval da Fórmula 1. Na ocasião, nomes como Bernie Ecclestone, Christian Horner, Martin Whitmarsh e Ross Brawn declinaram.

Em outubro de 2013, durante encontro do Grupo Estratégico da Fórmula 1, a entidade pediu apoio às equipes para levar adiante a possibilidade de proteger frontalmente os cockpits. As equipes concordaram com os benefícios de uma estrutura de proteção a mais para o piloto, mas descartaram o desenho apresentado. Segundo o site, o então chefe de equipe da McLaren, Martin Whitmarsh, descreveu a proteção como “feia”.

Embora uma versão da barra de proteção tenha sido testada, as equipes optaram por manter o regulamento de “fórmula”, com cockpits abertos. “Foi concordado que o projeto será descontinuado”, diz a minuta do encontro.

Antes de Jules Bianchi, outros pilotos já sofreram acidentes no qual o crânio esteve ameaçado na batida – casos de Alexander Wurz (Austrália, 2007), Felipe Massa (Hungria, 2009) e Fernando Alonso (Bélgica, 2012), por exemplo. Na Fórmula 2, o britânico Henry Surtees (filho de John Surtees) morreu em 2009 ao ser atingido por um pneu que se soltou de um acidente em Brands Hatch.

Após o acidente de Jules Bianchi no último domingo, a discussão a respeito dos cockpits fechados voltou à tona. Para Rob Smedley, engenheiro de performance da Williams, a implantação de uma cobertura no cockpit seria “simples”.

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