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Fórmula 1

Ex-presidente da FIA culpa altos custos da F1 por crise em equipes

Do UOL, em São Paulo

28/10/2014 10h51

Marussia e Caterham podem não ser as únicas equipes a sofrerem com os altos custos da Fórmula 1. Esta é a opinião do ex-presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Max Mosley, que prevê problemas para a categoria no próximo ano.

“Não é mais uma competição justa. O principal problema é que grandes equipes têm muito mais dinheiro do que escuderias como Caterham e Marussia”, disse Mosley à rádio BBC 5. “No fim das contas, elas serão obrigadas a deixar a Fórmula 1”.

Com dificuldades financeiras, Marussia e Caterham entraram em processo de recuperação judicial, com fechamento de suas fábricas e afastamento de funcionários. Desta forma, não participarão do GP dos Estados Unidos, neste fim de semana, em Austin.

Segundo Mosley, que presidiu a FIA entre 1993 e 2009, isto acontece porque escuderias como Ferrari, Red Bull e Mercedes possuem orçamento anual na casa de 200 milhões de libras, enquanto times menores trabalham com um terço deste valor.

No fim de sua passagem pela Fórmula 1, Mosley tentou implementar um teto salarial para os gastos das escuderias, mas a medida não vingou. Nesta temporada, por exemplo, o custo com motores aumentou após a troca por modelos menos poluentes.

“Do ponto de vista esportivo, o esporte deve dividir o dinheiro igualmente e, em seguida, deixar as equipes receberem o máximo de patrocínio que puderem”, afirmou Mosley.

Mosley ainda lamentou a presença de apenas 18 carros no grid nos Estados Unidos e afirmou que, em médio prazo, isso trará problemas para a categoria.

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