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Ex-dono da Caterham diz que gastos de equipes grandes matam nanicas na F1

Sem um dono legal, equipe vive momento de indefinição na F1 - Mark Thompson/Getty Images
Sem um dono legal, equipe vive momento de indefinição na F1 Imagem: Mark Thompson/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

29/10/2014 10h59

O ex-dono da equipe Caterham de Fórmula 1, Tony Fernandes, disse nesta quarta-feira que as equipes grandes têm grande parcela de culpa pela situação dramática das rivais pequenas na categoria. Em entrevista à emissora britânica Sky Sports, o empresário disse que o grande investimento dos times de ponta não consegue ser seguido por rivais de menor porte, que acabam inviabilizando a permanência na disputa.

“As pessoas podem culpar quem quiserem, mas as equipes grandes têm mais culpa do que qualquer um”, disse Fernandes, dono também do Queens Park Rangers (clube de futebol do Campeonato Inglês) e da companhia aérea Air Asia. “O vão se tornou muito grande. É dinheiro. Então eu pensei: ‘bem, não consigo competir’. Mas consigo competir com o QPR, e consigo competir com a Air Asia”, completou.

Em 2010, quando entrou na Fórmula 1, a Caterham (então Lotus) afirmou que poderia ser competitiva se a categoria adotasse um teto orçamentário. Na ocasião, diversas equipes anunciaram apoio ao limite de gastos, mas o acordo acabou não vingando. Passados quase cinco anos, a Formula One Management (FOM) anunciou que a equipe não disputará o GP dos Estados Unidos neste final de semana, assim como a Marussia.

“O esporte precise se examinar. Definitivamente, não poderíamos continuar. Teríamos que entrar em administração judicial ou fechar as portas”, disse Fernandes, cujo time entrou em administração judicial – desta forma, novos gerentes legais tentam encontrar donos que possam assumir a companhia.

No segundo semestre, a Caterham se envolveu em um grande imbróglio a respeito de seus donos: Tony Fernandes anunciou a venda do time para o fundo de investimentos Engavest, que assegura não ter recebido as ações da companhia para assumir oficialmente o posto. Desta forma, a Engavest já anunciou que abandonou o time de volta com Fernandes. Assim, quem comanda a Caterham no momento são os administradores legais.

O ex-proprietário, por sua vez, tenta achar novos donos para a Caterham. “Há gente querendo correr por diferentes motivos, e a Caterham tem tudo para isso”, diz o dirigente, que descarta o retorno à F1. “Damos o máximo de suporte, mas não é algo com o qual quero me envolver de novo. As corridas acabaram para mim”, vaticinou.

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