Topo

Fórmula 1

Acionistas da F1 podem pagar R$ 400 milhões para evitar boicote de equipes

Acionistas tentam rever distribuição de verbas para salvar equipes médias - Mark Thompson/Getty Images
Acionistas tentam rever distribuição de verbas para salvar equipes médias Imagem: Mark Thompson/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

04/11/2014 15h33

O Grupo CVC Capital Partners, acionista majoritário da Fórmula 1, está pronto para ajudar as equipes menores do grid da categoria com o pagamento de 100 milhões de libras (mais de R$ 400 milhões). A informação foi divulgada nesta terça-feira pelo jornal britânico The Guardian.

A possibilidade chega no momento em que Force India, Sauber e Lotus ameaçam um boicote nas últimas etapas da temporada 2014, justamente por falta de garantias financeiras a curto prazo. A ausência em corridas já foi especulada para o Grande Prêmio dos Estados Unidos, quando Marussia e Caterham se ausentaram; a situação foi contornada, mas volta à tona para o GP do Brasil.

O diretor executivo da Formula One Management (FOM), Bernie Ecclestone, admitiu que não sabe como consertar a diferença de orçamentos entre equipes grandes e pequenas. No entanto, para os times do meio do pelotão, um reajuste nos pagamentos da CVC e da FOM para os times menores, a começar com o pacote anunciado, deve contribuir para a sobrevivência da própria categoria.

”Sei que a CVC e Bernie estão olhando isso. Será um pagamento base dado para equipes menores, o que é essencial para tornar possível trabalhar com um orçamento menor”, disse o dono da Lotus, Gérard Lopez. O dirigente, porém, teme que a divisão de um maior investimento dos acionistas não seja suficiente para garantir a sobrevivência das equipes.

”Para ser honesto, não é uma coisa complicada de se fazer. Só requer um pouco de boa vontade. O montante total, ainda estamos discutindo - uma vez que você começa a dividir pelo número de equipes, não é tão volumoso”, completou.

Segundo Gérard Lopez, a proposta precisa contar com o apoio das equipes de ponta – Mercedes, Red Bull, Ferrari e McLaren. No entanto, segundo ele, o pacote da CVC deve ser discutido ao longo da semana, até o Grande Prêmio do Brasil.

”Há um caminho para construirmos a proposta nos próximos dias. Acho que há um jeito para solucionarmos isso, talvez até antes do GP do Brasil. Neste caso, não vejo razão para fazermos algo drástico que arranharia a imagem do esporte”, diz, referindo-se ainda à ameaça de boicote.

Fórmula 1