Britânica conta com pagamento do avô para correr pela Caterham em Abu Dhabi
Se houver uma Caterham no GP da Abu Dhabi que encerra a temporada 2014, a briga por vagas na equipe promete ser acirrada. Além de Rubens Barrichello, que já teve presença anunciada por uma fonte interna, agora é a vez de a britânica Alice Powell afirmar que pode correr – ao menos, no primeiro treino livre em Yas Marina.
Aos 21 anos, Powell acumula passagens pela GP3 e pela Fórmula Renault britânica. Para tal, o avô da britânica, Jim Fraser, prometeu à equipe um pagamento no valor de 35 mil libras (ou pouco mais de R$ 140 mil). A informação foi divulgada pelo jornal Daily Mail e pegou a própria piloto de surpresa.
”É tudo novo para mim. Eu só soube hoje de manhã, quando vi no Daily Mail”, disse Alice Powell à emissora britânica Sky Sports. Segundo ela, o teste em Abu Dhabi pode dar início a uma parceria financeira entre ela e a Caterham, com vistas em uma vaga de titular no time.
”Meu avô, que me ajudou ao longo da carreira, decidiu que vai ajudar a colocar dinheiro na Caterham se eles me permitirem participar o primeiro treino livre. Se eu conseguir disputar o primeiro treino, tenho outros investidores que gostariam de investir na equipe. Seria uma oportunidade fantástica”, acrescentou.
Desta forma, Powell pode substituir Kamui Kobayashi ou Marcus Ericsson no final de semana. Para isso, precisa torcer para que a Caterham consiga correr, para que a oferta seja aceita, para que seus investidores cheguem a um acordo com a Caterham e para que o desempenho em Yas Marina impressione.
“Se a oportunidade para ficar com o carro no treino de classificação e na corrida, é claro que eu não vou dizer não”, ela afirmou – que, em meios a tantos obstáculos, ainda precisa obter uma superlicença a tempo de participar da etapa, entre os dias 21 e 23 de novembro.
Mesmo sem conseguir testes privados para buscar a licença, como fez o holandês Max Verstappen no segundo semestre, Powell espera que seu retrospecto em monopostos – incluindo passagens por Fórmula Renault, Fórmula Palmer Audi, GP3 e, mais recentemente, Fórmula 3 britânica – possam ajuda-la.
”Será difícil. Há muita gente que já chegou antes em circuitos para testar e foram negados. Disseram ‘você não tem superlicença, e nós não vamos te dar uma’. Então, será difícil”, disse ela, que, no entanto, mostra confiança.
“Mas acho que será bom para o esporte ver uma mulher correndo, ou pelo menos testando. Obviamente, tivemos Susie Wolff neste ano (testando pela Williams na Inglaterra e na Alemanha) fazendo um bom trabalho, então acho que será bom para o esporte”, completou.
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