Vaga de última hora movimenta mercado de pilotos na Fórmula 1
A confirmação de que a Manor Marussia estará no grid da Fórmula 1 no GP da Austrália a pouco mais de uma semana dos primeiros treinos livres abriu uma vaga que, mesmo sendo em um carro que tem tudo para ser lanterna nas corridas, é cobiçada por muitos pilotos.
Por enquanto, a equipe confirmou apenas Will Stevens, britânico de 23 anos, que foi piloto de testes da Caterham em 2013 e chegou a andar como titular na última prova do ano passado, em Abu Dhabi.
Stevens, que tem como melhor resultado nas categorias de base um quarto lugar na World Series em 2014, deve levar grande aporte financeiro à equipe, assim como seu futuro companheiro. Entre os candidatos mais fortes, estão o espanhol Roberto Merhi, o holandês Giedo van der Garde, o dinamarquês Kevin Magnussen e o belga Stoffel Vandoorne.
Os patrocinadores de Merhi já garantiram a vaga de piloto de testes na Caterham no final do ano passado e estariam próximos de um acordo com a Manor, segundo a mídia espanhola. Já as chances de Magnussen – que vai substituir Fernando Alonso na Austrália – e Vandoorne estão relacionadas a um possível desconto no acordo de parceria técnica firmada entre o time e a McLaren.
Já Van der Garde busca um lugar na Austrália na Sauber por meio de processo judicial que será julgado na segunda-feira, alegando que tem contrato para ser titular da equipe de Felipe Nasr e Marcus Ericsson. Se tiver uma decisão negativa, é outro com dinheiro para investir em uma vaga na Manor.
Outra hipótese é a Ferrari cobrar pelo fornecimento das unidades de potência por meio de uma vaga no grid para um dos pilotos de sua academia. Era o que acontecia com Jules Bianchi antes do francês sofrer grave acidente no GP do Japão do ano passado. Nesse caso, o principal candidato seria o italiano Raffaele Marciello.
Esnobou
Quem chegou perto de um acordo com a Manor antes da equipe estar garantida no grid foi o atual campeão da GP2, Jolyon Palmer. O inglês declarou ter sentido que assumiria “um grande risco” para sua carreira assinando com a equipe que deve ser a menos competitiva do grid e preferiu a vaga de reserva na Lotus.
A Manor tem o desafio de encontrar alguém com os bolsos cheios e que esteja apto a correr. Este é o último ano da atual regra da superlicença, espécie de carteira de motorista dos pilotos da Fórmula 1. Ela é garantida com pré-requisitos como pelo menos 300km de quilometragem com um carro atual, 15 GPs disputados nos últimos três anos, sendo campeão de alguma categoria importante, entre outros, mas também pode ser garantida pela Federação Internacional de Automobilismo se a entidade entender que o piloto está apto a andar.
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