Presidente da FIA quer tornar os carros da F-1 mais difíceis de pilotar
Tornar os carros atuais da Fórmula 1 mais difíceis de pilotar e ter motores mais barulhentos são algumas das missões do presidente da Federação Internacional de Automobilismo, Jean Todt, para as próximas temporadas.
Em entrevista para o jornal norte-americano The Ney York Times, o francês reconheceu que o esporte precisa mudar em determinados pontos e adiantou que a federação deve fazer uma espécie de vestibular para atrair novas equipes.
Na última vez que o processo foi aberto, foram aprovados os projetos de HRT (então Hispania), Manor (que se chamou Virgin na primeira temporada) e Caterham (ex-Lotus). Das três apenas a Manor-Marussia vai disputar a temporada 2015 depois de ter passado mais de três meses em processo de insolvência.
“Não estou feliz pela Marussia e pela Caterham e tenho simpatia por eles, mas é algo que sempre aconteceu”, lembrou o francês. “Em 2016, teremos uma nova equipe chegando e vamos fazer um concuso novamente para uma ou duas vagas. E tentar reduzir os gastos.”
Todt refere-se ao time do norte-americano Gene Haas, que se prepara para estrear na próxima temporada.
Um dos principais problemas das equipes nanicas no ano passado foi o dramático aumento do custo das unidades de potência, que passaram de cerca de 50 para 90 milhões de reais devido à adoção de motores turbo híbridos V6.
Porém, mesmo reconhecendo a necessidade de diminuir os gastos, Todt apoia a continuidade das regras atuais. “Sinto que foi uma das poucas boas decisões que foram tomadas nos últimos tempos. A Fórmula 1 é o topo do esporte a motor, então precisamos ser um exemplo para a sociedade. Não está tudo acontecendo em um mundo de faz-de-conta que não sabe o que acontece no outro lado do mundo”, defendeu, referindo-se à relevância das mudanças para a indústria automobilística.
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