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Equipe viaja para GP da Austrália, não corre e vai pagar caro por isso

Roberto Merhi, piloto da Manor, colocou o macacão só para tirar fotos em Melbourne - Andrew Hone/GettyImages
Roberto Merhi, piloto da Manor, colocou o macacão só para tirar fotos em Melbourne Imagem: Andrew Hone/GettyImages

Do UOL, em São Paulo

16/03/2015 13h04

A Manor sequer entrou na pista durante todo o final de semana do GP da Austrália, etapa de abertura do Mundial da Fórmula 1. E vai acabar pagando caro por isso. O promotor da categoria, Bernie Ecclestone, não gostou nada da atuação da equipe em Melbourne e garantiu que vai cobrar pelo transporte dos equipamentos da Inglaterra para o país da Oceania.

A equipe entrou em processo de falência no final do ano passado e não participou dos testes de pré-temporada, conseguindo finalizar o carro de 2015 apenas pouco tempo antes da etapa australiana.

Porém, mesmo estando presente com os carros e os pilotos, a equipe em momento algum planejou entrar na pista, de acordo com Ecclestone. “Jamais deveríamos ter deixado a Manor fazer o que eles fizeram. A culpa é nossa. Eu previ que isso aconteceria”, disse o dirigente à Reuters. “Eles não tinham qualquer intenção de correr na Austrália. Zero. Eles não poderiam ter corrido nem se alguém fosse lá e colocasse uma arma na cabeça deles. Era impossível.”

Ecclestone se refere ao fato da equipe ter culpado a falta de quilometragem por uma falha no software para ligar os carros, dizendo que o confisco de computadores durante o processo de falência havia prejudicado o banco de dados do time.

Aparentemente, o time foi à Austrália sem o software, sabendo que não andaria, mas querendo cumprir o contrato para ganhar dinheiro dos direitos comerciais, garantido com a nona colocação no mundial do ano passado.

Mesmo que a Federação Internacional de Automobilismo tenha feito vista grossa e liberado a equipe de qualquer punição, Ecclestone, que comanda a FOM, empresa que cuida do lado comercial da categoria, avisou que obrigará a Manor a pagar pelo fretamento dos voos que levaram o equipamento à Austrália. “Eles não estão competindo, então terão de pagar”, avisou.

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