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Fracasso do GP da Alemanha é culpa dos organizadores, diz Niki Lauda

O piloto da casa Nico Rosberg ganhou o GP da Alemanha do ano passado - AP Photo/Jens Meyer
O piloto da casa Nico Rosberg ganhou o GP da Alemanha do ano passado Imagem: AP Photo/Jens Meyer

Do UOL, em São Paulo

18/03/2015 08h36

A Alemanha tem um tetracampeão correndo pela Ferrari, seguindo os passos do maior ídolo da Fórmula 1 no país, Michael Schumacher. Tem Nico Rosberg na luta direta pelo título com Lewis Hamilton. E tem a Mercedes dominando a categoria. Mas não tem um GP, depois que os organizadores desistiram de tentar levar a corrida de 2015 para Hockenheim.

Para o tricampeão Niki Lauda, presidente não-executivo da equipe Mercedes, a culpa é dos promotores do evento. A incerteza sobre a realização do evento, marcado para 19 de julho, fez com que os organizadores desistissem da prova temendo que não houvesse tempo para vender ingressos.

A corrida da Alemanha deveria ser realizada em Nurburgring neste ano, respeitando um revezamento que começou em 2006. Porém, os proprietários do circuito avisaram que, embora tenham um contrato válido até 2016, não teriam condições financeiras de arcar com a competição. A solução, portanto, foi tentar realizar a prova em Hockenheim.

Para Lauda, o fracasso nas negociações é reflexo da má atuação dos promotores. “Não é culpa do Bernie [Ecclestone, promotor da F-1] ou nossa [da Mercedes]. Nurburgring tinha contrato para esse ano e entraram em falência. Então Bernie tentou motivar Hockenheim para fazer a corrida, mas eles não ficaram felizes porque só deveriam fazer uma prova a cada dois anos”, explicou à BBC.

“Há corridas como Melbourne, Áustria, Silverstone, onde as pessoas aparecem e são entretidas por todo o final de semana. Então é realmente culpa dos organizadores, especialmente na Alemanha: eles não atraem as pessoas o bastante levando em consideração o dinheiro que eles têm de pagar para assistir à prova.

Não é só a corrida em si, tem de começar na sexta-feira e terminar no domingo, como Melbourne. Eles são o melhor exemplo. Se os alemães fizessem o mesmo trabalho, não teriam com que se preocupar.”

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