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Fãs são loucos pela F-1 na China. Mas não aparecem para ver a corrida

Felipe Massa é um dos pilotos mais queridos pelos chineses - Instagram/Reprodução
Felipe Massa é um dos pilotos mais queridos pelos chineses Imagem: Instagram/Reprodução

Do UOL, em São Paulo

09/04/2015 06h37

Eles vão recepcionar os pilotos – desde os mais famosos até aqueles que costumam andar no fundo do pelotão – no aeroporto, os cobrem de presentes. Mas não aparecem na hora da corrida. O calor da torcida chinesa é uma das marcas registradas da etapa da Fórmula 1 que é realizada no país desde 2004, mas as arquibancadas teimam em ficar apenas parcialmente ocupadas nos três dias de evento.

Tanto, que os pilotos demonstraram estar preocupados com a falta de público. Para Felipe Massa, um dos que têm o maior número de fãs chineses, talvez o problema esteja no preço dos ingressos.

“Precisamos de um pouco mais de gente para assistir à corrida”, disse Massa. “Porque não sei se é muito caro ou algo do tipo, mas vemos sempre gente no hotel lhe esperando, muitos fãs, mas talvez eles não estejam aqui na pista. Precisamos ver isso.”

Jenson Button, da McLaren, concordou com o piloto da Williams. “Acho que nos últimos anos o público até cresceu, temos mais torcedores. Mas ainda parece que é necessário ter uma promoção maior na cidade, porque quando você está lá nem fica sabendo que tem um GP acontecendo, tirando o fato dos fãs estarem na porta do hotel.”

O inglês também destacou o calor de uma torcida que, até pouco tempo atrás, não tinha nenhuma cultura no esporte. “É ótimo ver como eles são apaixonados pelo esporte, tanto homens quanto mulheres, o que é bom. Tomara que isso continue crescendo, assim como a economia chinesa”, destacou.

O GP da China teve uma grande presença de público em seu primeiro ano, em 2004, com 260 mil espectadores. Porém, os números caíram bastante nas temporadas seguintes e hoje a corrida atrai cerca de 150 mil nos três dias de evento.

Massa falou ainda sobre o desenvolvimento que tem visto em Xangai e nos arredores da pista, que fica no distrito de Jiading, nos últimos 11 anos. “Lembro do primeiro ano, quando levei mais de duas horas para chegar devido ao trânsito. Chegar da cidade para a pista agora está muito melhor e dá para ver como o país se desenvolveu e como é muito melhor estar aqui. Gosto de vir para a China – e a pista também é boa.”

Os treinos livres começam às 23h desta quinta-feira. A classificação para o GP da China será disputada a partir das 4h da madrugada de sábado e a corrida terá largada às 3h do domingo, com transmissão pelo UOL Esporte.

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