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Ricciardo mostra como um "assassino" na pista quer ser amigo fora dela

Depois de impressionar em 2014, Ricciardo é o sétimo no campeonato deste ano - Ahmed Jadallah/Reuters
Depois de impressionar em 2014, Ricciardo é o sétimo no campeonato deste ano Imagem: Ahmed Jadallah/Reuters

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Barcelona (ESP)

15/05/2015 06h00

Ele foi um dos protagonistas da temporada passada, sendo o único a quebrar do domínio das Mercedes, com três vitórias. Superou de forma convincente o então companheiro Sebastian Vettel, que vinha de quatro títulos seguidos. E ganhou um apelido no mínimo curioso: “Assassino sorridente.”

Não é preciso ficar mais de alguns segundos na companhia de Daniel Ricciardo para entender, pelo menos, a segunda parte do apelido. A simpatia do australiano não desapareceu mesmo com as dificuldades enfrentadas neste início de temporada com a Red Bull. Além de não ter um carro tão veloz como nas últimas temporadas, o time está convivendo com a pouca potência e a confiabilidade do motor Renault. Perguntado pelo UOL Esporte se sente-se deixado de lado pelo mundo da Fórmula 1 após estourar em 2014 e ocupar apenas a sétima colocação no mundial desde até depois de cinco provas, o piloto mostra tranquilidade. “As pessoas que importam entendem o que está acontecendo”, garante.

Toda a simpatia e calma, contudo, é quase imperceptível na pista. E aí está a explicação para a segunda parte do apelido. “É como se fossem duas pessoas diferentes”, diz, em tom de brincadeira, um dos pilotos mais agressivos e decididos nas ultrapassagens.

“Acho que essa é a maneira ideal de agir. Talvez algumas pessoas tenham reservas e pensem ‘eu sou amigo dele e não vou querer disputar de maneira dura demais para não ter nenhum conflito’. Mas, comigo, não funciona assim. Na pista é meu trabalho e fora dela, podemos nos divertir”, acredita o piloto, que não entende por que o mundo da Fórmula 1, acostumado a seus campeões extremamente obstinados e, muitas vezes, pouco simpáticos fora das pistas, estranha sua maneira de ser.

“É um pouco estranho. Antes de tudo, eu amo esse trabalho, amo estar aqui e me divirto fazendo isso. E também amo as batalhas e as competições. Acho ótimo quando há pilotos com quem você pode conversar e se divertir um pouco. Mas, quando nos encontramos na pista, disputamos de maneira dura. Quando você encontra gente assim, isso só aumenta o respeito que um tem com o outro”, garante.

Ricciardo volta às pistas na próxima quinta-feira, nos treinos livres para o GP de Mônaco. A classificação e a corrida estão marcadas para as 9h do sábado e domingo, respectivamente.

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