Barulho, guerra de pneus... O que os pilotos da F-1 mudariam nas regras
Enquanto os dirigentes da Fórmula 1 estão reunidos em Paris para uma importante reunião do chamado Grupo de Estratégia para definir possíveis mudanças nas regras da categoria, o UOL Esporte perguntou a pilotos e engenheiros o que fariam para melhorar a disputa do campeonato. Mais liberdade e a volta de alguns regulamentos que funcionaram no passado estão entre as ideias.
“Acho que seria bom se os motores pudessem ser um pouco mais rápidos e mais barulhentos”, pede Daniel Ricciardo, da Red Bull. “Também já andei na Fórmula 1 com pneus mais duráveis e mais grudados no chão, quando testei, e foi divertido. Agora você se acostuma com os Pirelli e com a degradação que sabe que vai ter. Não sei... e se pudéssemos ter os mesmos motores?”, brinca o piloto, que tem sofrido com a menor potência e pouca confiabilidade do motor Renault.
Já Felipe Massa queria que o reabastecimento durante as provas voltasse a ser permitido, como era até 2010, e que os pneus fossem alterados para que as ultrapassagens fossem facilitadas, sem a necessidade do uso da asa traseira móvel.
“O que deveria ser feito na Fórmula 1 é voltar o reabastecimento, porque seria uma corrida muito mais interessante do que é hoje. Hoje temos uma corrida muito mais técnica e lenta. Eu talvez aumentaria um pouco mais os pneus para melhorar a aderência mecânica, tirando um pouco a importância da aerodinâmica e também tentaria fazer o máximo para melhorar os barulhos dos motores porque isso é muito importante para os fãs”, defende o brasileiro.
O engenheiro da Williams, Rob Smedley, por sua vez, pede uma mudança mais radical: o britânico não esconde preferir os motores usados até 2005, em carros que, até hoje, seguem tendo os recordes da maioria das pistas do campeonato.
“Se pudesse mudar algo nas regras, provavelmente voltaria aos motores aspirados V12, porque o barulho seria sensacional. A potência também seria enorme. Do lado esportivo, eu voltaria para a classificação antiga, com quatro jogos de pneus e uma hora para fazer o tempo. Todo mundo dando tudo de si o tempo todo. Porque do jeito que é hoje, dividido em três partes, há equipes que mal participam da classificação”, lembra.
Sempre polêmico, o campeão do mundo de 1997, Jacques Villeneuve, gostaria de ver uma Fórmula 1 mais aberta. “Eu abriria muito mais as regras. Você não precisa restringir tudo como é hoje. Precisamos de mais de 1000cv de potência e da volta da guerra dos pneus. Com mais de uma fabricante de pneus com certeza teríamos mais emoção.”
O Grupo de Estratégia faz reuniões nessa quinta e sexta-feira. Na pauta, estão mudanças mais urgentes, como a adoção de uma quinta unidade de potência ainda nesta temporada para evitar que as equipes deixem de ir à pista nos treinos para poupar equipamento e evitar punições, até uma alteração mais extensa para 2017, visando aumentar a potência dos motores.
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