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Chefão da F-1 quer 'rasgar o regulamento e começar de novo'

Aos 84 anos, Ecclestone ainda controla os direitos comerciais da F-1 - Tim Chong/Reuters
Aos 84 anos, Ecclestone ainda controla os direitos comerciais da F-1 Imagem: Tim Chong/Reuters

Do UOL, em São Paulo

09/07/2015 09h58

Na semana em que a Fórmula 1 vive um momento importante para seu futuro, com a reunião do Conselho Mundial, na Cidade do México, Bernie Ecclestone sugeriu que a categoria deveria começar suas regras do zero para se tornar mais atrativa ao público.

“Se eu tivesse uma folha em branco a primeira coisa que eu faria seria um motor menos complicado que o atual”, afirmou o promotor da Fórmula 1 ao jornal britânico Guardian.”Se tivéssemos um motor mais simples isso permitira que outras fornecedoras se interessassem. A Toyota, talvez, pelo que eu sei estaria interessada em voltar. Mas de jeito nenhum eles fariam isso com essa unidade de potência. Se a Ferrari está com dificuldades, que chance eles teriam?”

A justificativa de Ecclestone é de que os torcedores não se importam com as configurações do carro, como quantos cilindros o motor tem. “Eles querem ver a Williams vencendo, a Ferrari vencendo a Red Bull vencendo – eles querem que todos tenham uma chance. E isso não está acontecendo. Vamos rasgar o regulamento e começar de novo.”

Ecclestone também revelou que conversa com os pilotos, que não estão satisfeitos com a categoria no momento. “Eles dizem que não está mais divertido, porque eles estão no limite, mas não é o limite deles. Alguém me disse outro dia que, na direção em que estamos indo, qualquer um poderia pilotar estes carros. Um moleque que tenha jogado muito PlayStation e que saiba ouvir instruções conseguiria.”

Mas o dirigente é o primeiro a reconhecer que uma mudança será difícil no momento. E culpa o presidente da Federação Internacional de Automobilismo, Jean Todt. “O problema é que o presidente da FIA quer que todos entrem em acordo. E isso não é possível”, declarou Ecclestone, que costuma se dizer um adepto das ditaduras.

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