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Fórmula 1

Massa dá recado a caçula da F-1 após bate boca e se vê super competitivo

Luiza Oliveira

Do UOL, em São Paulo

06/08/2015 06h01

Felipe Massa está no Brasil para um curto período de férias no intervalo da temporada da Fórmula 1. O piloto está feliz e tranquilo com seu desempenho em 2015 e se considera super competitivo. É com tranquilidade também que ele fala sobre a polêmica envolvendo o piloto Max Verstappen e dá um recado ao garoto.

Massa trocou farpas com o piloto de 17 anos depois de criticá-lo por causar um forte acidente no GP de Mônaco. Passados mais de dois meses, ele diz que o colega não aprendeu com o erro.

“Na verdade, me perguntaram o que eu achava do acidente, eu falei que eu achava que ele tinha que ser penalizado porque o acidente era para ser penalizado. Aí depois veio a penalização dele. (...) Eu acho, ainda mais para um piloto de 17 anos, que pelo o que ele fez naquela corrida, se ele não tivesse uma punição seria errado. E eu acho que se eu tivesse também 17 anos eu iria em primeiro lugar pedir desculpas e dizer: ‘fui penalizado, vamos para a próxima, desculpa, acabei errando’. Não foi o que ele fez. Ele quis vir bater boca, o pai dele também. Na verdade eu acho que ele não aprendeu nada fazendo isso”, disse, em entrevista ao UOL Esporte.

Na ocasião, Massa criticou uma manobra que considerou afoita do holandês para cima de Romain Grosjean e que resultou no acidente. O piloto brasileiro defendeu uma punição da Fia, o que de fato aconteceu. Verstappen foi punido e perdeu cinco posições no grid de largada do GP do Canadá. 

Depois disso, os dois não se falaram  e Verstappen ainda alfinetou o colega, também em entrevista ao UOL Esporte. "Massa, em geral, é sempre crítico em relação a tudo, então para mim não tem problema".

Mas o brasileiro não parece preocupado com a situação e prefere comemorar a boa fase. Apesar de ocupar a sexta posição na classificação de pilotos da temporada, ele talvez apresente seu melhor desempenho desde 2008, quando deixou escapar o título na última volta para Lewis Hamilton.

“Estou bem, super competitivo, feliz, tenho uma equipe que me respeita 100%, um trabalho muito bacana dentro da Williams, satisfeito".

Mas isso é ofuscado pelo carro que não é tão competitivo para bater de frente com a Ferrari e, principalmente, com a Mercedes que é líder do campeonato.

Eu vejo que eu estou bem, mas a gente sempre quer vencer, sempre quer estar na frente e nunca está feliz com o resultado, se não estiver em primeiro lugar. A gente sabe que no momento é muito difícil bater a Mercedes, eles têm o carro melhor que todos os outros, a Ferrari conseguiu em duas corridas em pistas que eram boas para o carro da Ferrari. Eu acho que a segunda parte do ano pode ser melhor para a gente, a gente pode ter pistas melhores para o nosso carro. É o que eu mais quero e acredito muito na segunda parte do ano.”

Não é à toa que tudo aponta para uma renovação de seu contrato com a Williams. O primeiro foi firmado no fim de 2013 com duração de dois anos e com opção de renovação por mais um. Ele já havia declarado que não existem motivos para não renovar e reafirma a sua posição.

“Eu espero que sim, nada aconteceu no momento ainda, mas eu não vejo motivo para não estar na Williams no ano que vem. Uma equipe na qual eu quero permanecer e eu vejo o mesmo do lado da equipe também, então espero que tudo aconteça no caminho certo. Ainda não está certo, ainda não chegou na época certa para isso acontecer. Mas eu não acho que deve demorar muito para isso vir a acontecer pelo jeito que as coisas estão andando no momento”.

Massa descarta ajuda financeira ao São Paulo

A diretoria do São Paulo pretende convidar seus torcedores ricos a participar de um novo fundo de investimento do clube. A ideia é que cada um contribua com no mínimo R$ 1 milhão. Presente na lista elaborada por Carlos Miguel Aidar, Felipe Massa declarou que não participar do projeto tricolor.

Eu não sei [sobre esse plano do São Paulo]. Eu apenas li. Sou são-paulino roxo, mas sem dúvida a gente tem que pensar em coisas mais importantes, como por exemplo causas beneficentes, pessoas que realmente precisam, pessoas que passam fome. Isso para mim está em primeiro lugar”.

Aidar quer convidar torcedores ilustres do São Paulo para integrar o plano.

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